Quem não gosta de um arco-íris? Não é em algum lugar atrás do arco-íris que as estrelas são azuis e os sonhos se realizam, como diz Judy na querida canção de Oz? E para existir o arco-íris, além do sol, precisamos da chuva. Além da chuva, precisamos do sol. Sempre precisamos dos opostos para efeitos extraordinários. A lua quando é cheia não é linda? A lua sozinha é linda, mas sem o sol, ela não aparece. E o sol sem a lua para iluminar fica brilhante demais, sem doar sua energia. É, pois, necessário buscarmos os contrastes, o diferente, o outro lado para que a nossa luz brilhe sem exageros e também nosso lado sombra seja iluminado. Sol e lua, sol e chuva, a maravilhosa dança cósmica. Não interessa mais entender os fenómenos naturais somente do ponto de vista clássico. É assim, no escuro e nublado do outro que nossa luz brilhará de verdade, desapegada do ego. Assim também a luz do outro para conosco. A consciência vem quando o sol pergunta onde está a chuva para que o arco-íris se faça, onde está a lua para que a lua cheia se faça. É, então, quando sai de seu próprio eu para buscar a sua razão de ser. Sobre a lua, ele sabe, sobre a chuva, não. A lua cheia é periódica, previsível, ocorre a cada ciclo lunar. O arco-íris é imprevisível e muito mais sutil. Mas os dois efeitos encantam a imaginação humana. Na vida, precisamos dos contrastes previsíveis e dos imprevisíveis. Qual deles você já tem?
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