A admiração do teu olhar
nutre minha vaidade.
Ilusão de ótica,
máscara adequadamente posta
para agradar, atrair.
Não ofereço a outra face,
revelada no espelho,
na solidão das manhãs.
Perdôo o reflexo atrevido
a refração a indagar
minha imagem real.
Devolvo-lhe a pergunta
Quem sou eu, afinal?
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