Um olho do azul olhava
Entre as nuvens bem altas
Como abismo do dia
Na noite intocada
Se te conheço o brilho
Que enche o coração
A mente formosa
Os gestos devassos
Nua jóia inclemente
Terás muito mais que paixão
Na volúpia da posse calma
O rastejar furioso
Do calafrio pela espinha
Ao infinito suspiro
Nada este instante supera
Tal respirar na boca
Se o desejo cresce no corpo
De ver-te como agora estás
À maneira que o poeta adora
Sensualidade tépida na tez