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cronicas-->Motivos -- 13/08/2008 - 10:35 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Fernando Zocca

Ontem ao anoitecer saí para caminhar um pouco. A temperatura estava amena, aquele frio horrível que tem feito nesses dias, deu uma trégua e, munido então de uma certa dose de coragem, pus-me a visitar o centro.
Cheguei até a Rua José Pinto de Almeida, descendo a XV de Novembro, e alí perto do terminal central dos ónibus urbanos, pude notar que a região está deteriorada.
A situação lembrou-me a antiga zona do meretrício, o Jardim Brasil ou Ripolàndia, que ficava no local hoje conhecido por Jardim Califórnia.
O frege defronte aos bares, consistente de música em alto volume, mulheres em trajes mínimos pelas calçadas, homens bebericando, encostados nos balcões, mal humor predominante, foram os traços notados, remetentes à zona antiga.
Algumas pessoas reunidas nas calçadas, embriagadas, ao lado de carros com as portas abertas, som dos rádios audíveis, pelo excesso de volume, conversavam e eu então, permitindo a ação instintiva de repórter, parei para conversar, assuntar sobre a situação.
Na calçada destacava-se um trio de jovens, cujo aspecto físico, aludia aos serviços da construção civil. Cada um deles mantinha um copo de cerveja numa das mãos e na outra um cigarro. Papagaiavam amenidades, quando depois de cumprimentá-los, perguntei se sabiam que o prefeito Barjas Negri havia sido operado.
Os moços demonstraram surpresa e desconhecimento; então eu confirmei a notícia, dizendo que tudo havia sido publicado no JP.
Um deles, o mais sério, quis saber dos detalhes, perguntando-me qual teria sido a doença do prefeito, e se o JP era o Jornal da Prefeitura.
É claro que respondí de imediato que JP, não significava, apesar das aparências evidentes, ser um indicador do Jornal da Prefeitura, e que o professor Barjas tinha sido operado para retirar um tumor do rim direito.
Os moços se condoeram com a notícia, mas me garantiram que ele - o prefeito -ficaria bom.
Logo em seguida, os jovens notando que o assunto que eu lhes suscitava não tinha nada a ver com a vida deles, puseram-se a falar das coisas mais inerentes a eles mesmos.
Voltaram então àquele papo sobre cadeia, tráfico, prisão, furto de automóveis e coleta de lixo. Por isso despedi-me, seguindo em direção à praça José Bonifácio.
As situações assemelhadas aos locais de meretrício, repetiram-se naquela região vizinha ao fechado restaurante Brasserie.
A explicação para isso tudo, inclusive para a ausência das autoridades repressoras naquelas áreas, talvez se dê pelo fato de estarmos agora em período eleitoral, e os motivos que assomam as vontades das tais pessoas responsáveis, seja mesmo só os de garantir a permanência própria, junto às tetas públicas nutritivas.




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