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Artigos-->Haja papel higiênico! -- 06/04/2003 - 05:27 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bem antes do 11 de setembro, da ineficiente caça a Bin Laden e da arriscada incursão pela vermelhidão de um inesperado "Vietnã de areia" (a expressão é do poeta Décio Pignatari), da Pensilvânia, do Lovenstein Institute of Scranton, nos viera uma notícia bastante elucidativa sobre George W. Bush.



Depois de receber o Oscar por "Tiros em Columbine", o documentarista Michael Moore urrava: um presidente fictício, saído de uma eleição fictícia, no comando de uma guerra fictícia contra inimigos fictícios (cito de memória).



Olhinhos de Nero, a cara do Ronald Golias (sem a graça) ou a fuça do Parreira (sem o tetra), nariz de palhacinho nas camisetas (sem nenhuma ternura), uma zapeada rápida pelos sites de busca encheria este site com ilustrações impagáveis. Segundo o instituto acima, o Bushinho é QI 91, o mais baixo entre os presidentes dos últimos 50 anos. E abaixo do pai, que já segurava uma constrangedora lanterninha com a pilha meio fraca: QI 98.



Do Juninho, ex-alcoólatra, se aventa a hipótese de estar vivendo o chamado "porre seco", que às vezes acomete os recuperados (Danuza Leão). Dele também se sabe só ter conseguido um emprego de verdade aos 39 anos.



Na comparação com Saddam, com quem parece se medir em sanha fundamentalista, o escritor britânico Martin Amis aponta Mr. President como, do ponto de vista psicológico, o mais primitivo.



Tudo isso se sabe, entre tantas outras coisas que pouco recomendam esse que tem o botão vermelho perigosamente ao alcance do dedo, talvez trêmulo. A unanimidade negativa é um feito histórico, o mundo bem conhece o potencial desse que seus lábios invisíveis parecem triturar nas fotos.



Ponto fraco: um vocabulário de 6.500 vocábulos. Olha o perereco! Um ministro, na tentativa desastrosa de achar explicação para uma gafe grosseira, admitiu: o chefe não é muito bom com as palavras. Acrescentemos: Nem o ministro.



Com 11 mil ‘words’, a média dos outros presidentes, já daria para, digamos, abrir algumas ‘windows’ para o resto do ‘world’. E, ao menos para não virar uma ‘joke’ para o resto da espécie, levar em conta, for instance, o Protocolo de Kioto.



Para que o leitor se oriente (sem a intenção do trocadilho): Os métodos comunicativos de ensino de idiomas costumavam estipular em 1.000 a cota mínima para que um zé mané qualquer pendurasse o diplominha na parede e saísse por aí arrotando "thank you" e "please".



Ou seja: de um curso de inglês, qualquer um deles, à Casa Branca, é um pulo. Ou, como diria o caipira, e até para fazer pouco dessa "mother of all bombs", é um tirico de espingarda.



Mas, por falar em words , por que não invocar alguém com domínio sobre elas, o poeta Paulo Leminski? Um dia, Curitiba amanheceu com os seguintes dizeres pichados num de seus muros: "Quem não tem QI, às vezes também vai". Pois não é esse mesmo o caso?



Uma charge recente do Angeli vasculhava o buraco mais embaixo desta guerra insana. Numa sala, em meio a brinquedinhos militares espalhados como se depois de uma refrega entre pimpolhos, um Bushinho e um Saddamzinho se olham assustados, parecendo não saber mais a diferença, estatelados ao som de uma voz de mulher (mãe) a explodir num balão que vinha do cômodo ao lado: "Pronto, agora chega!" Já o Luis Fernando Veríssimo coloca o netinho no colo da vovó a perguntar: "Por que Saddam é assim? Por que o Bush é assim?" E a vovó, sem titubear e sem deter o balanço da cadeira: "Falta de colo".



Mas, independentemente do que possa estar ocorrendo ou vir a ocorrer em Bagdá, com tudo o que já se lançou no ventilador do mundo nos últimos meses, Deus mesmo, se vier (como todo fundamentalista prega e espera), que venha preparado para a faxina. Haja papel higiênico!

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