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Cronicas-->Guerrilha protoneutrónica -- 18/02/2001 - 17:59 (Dum De Lucca Neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Toques invisíveis. Paredes dispersas, incólumes colunas dóricas. Rappers se masturbando com liquidificadores espaciais. Arte é terrorismo nessa época, ano 3793, de controle mental, artístico e social. Guerrilheiros poetas possuem comandos vocais ligados diretamente ao cérebro da organização da resistência artística. Guerrilheiros das esquinas, grupos de próto poetas enjaulados por ciberpunks caçadores de artistas, considerados subversivos reunidos em aparelhos secretos. Plásticos, músicos, atores, poetas. Mentores da revolução sub fásica e próto poética, ao som de Bach Brandeburgo 2. Toques invisíveis. Metralhadoras de raios catatónicos despedaçando nossos companheiros. Fuga em naves sub fotónicas. Velocidade de vida. Todos bebendo líquidos imprevisíveis e desconhecidos. Alucinando os ciberpunks Arts rats.
Os artistas estão presos na central escrutinizer, controladora das mentes totais pós neuronicas. Ciberpunks prendendo artistas, considerados criminosos. Arte proibida. Futuro hermético. Plugs, fios e fumaça. Esterilização em massa. Crianças ligadas à cérebros controladores produzindo cidadãos idiotas. Anjinhos e sub raça sem pensamento, sem vontade própria, sem visão crítica e sem criatividade. Pré concebidas para servir ao grande senhor Euraq. Mercado cosmoglobalizado. O grande controlador e matador dos artistas de fé, da reflexão e da meditação. Destruidor da criatividade e da análise crítica. O matador do amor e de suas consequências perigosas. Euraq, a quem os ciberpunks e outros soldados servem.
Matando qualquer resquício e tentativa de liberdade. Terminal de naves Vímanas e Vedas saindo sua base para reprimir gangs de proto poetas recitando poemas transbobinados no setor gama sul azul. Frase, rimas, odes, desconstruções, poesias. Desordem da ordem. Correrias para o sexo rápido. Concerto de Brandeburgo 1. Pascal também é proibido. Máscaras contra gases em faces meio humanas meio televisores adaptados. Reguladores de hiper voltagem. A crise eletromagnética do planeta obrigou as grandes industrias multiespaciais a refrearem seus investimentos. Isso implicou numa significativa redução das pesquisas genético ciber voltada para a proto repressão. O movimento proto arte se fortaleceu, se organizou. Guerrilhas urbanas de artistas plásticos e suas telas mortíferas e perigosos. Eddie, seu lider, embebido em Jack Daniels, eletrizava e arrepiava as instalações de imantamento de foguetes das bases secretas do grande lider filho da puta Euraq. Lider da central controladora. Pai de todas as leis anti arte, anti amor, anti liberdade. Comandante supremo das hordas de ciberpunks caçadores de poetas, músicos, plásticos, atores e todos os guerrilheiros da liberdade. Em meio a essa revolução a única diversão era beber, criar subversivamente e a onda de sexo hidropnaeumático, onde frutavam sensações e orgasmos coloridos e saborosos. Tudo dependendo das telecomunicações entre os jetsespaces inerciais instalados no sexo da grande mãe gordona, geradora de todos os gozos do planeta. Tempos difíceis até para uma trepadinha. Milhares de fios e terminais saindo do seu sexo e indo diretamente para uma máquina de prazer total. Que, ligadas a cabinas individuais, selecionadas de acordo com os preços variáveis conforme a viajem desejada geram um tipo de transa e prazer específico.
Os guerrilheiros proto artistas porém ignoravam essas paragens, muito vigiadas por soldados classe FHF 357. Em seus aparelhos, esconderijos, os proto artistas faziam pesquisas e gambiarras nos circuitos da gordona geradora de sexo total, com o intuito de despertar o verdadeiro sexo e amor nas pessoas. Porém, a verdadeira luta estava voltada para destruir a central geradora e controladora e libertar o planeta. A ordem era acabar com Euraq e seus generais, os soldados ciberpunks, e os centuriões. Todos os que lucravam com as fábricas de dejetos recicláveis e com a pobreza e o controle social da população. Explorando o planeta, exaurindo a natureza, controlando a mente das crianças e dos operários e monopolizando o mercado interplanetário, além de usarem robos transexuais para escravizar as colónias espaciais e formas de vida em desenvolvimento. Eu e meu grupo de proto poetas unidos a Eddie embebido em Jack Daniels e seus guerreiros plásticos, ajudados a gangs de eletrografiteiros, anarcoestilistas e putas sensoriais, remanescentes de uma lua de Saturno inabitável desde a guerra inpúnica. Sangue, versos, telas, notas. Monólogos, latas de spray pré atomizados sem neutrons e langeries perfumados com espectro de marte, contrabandeado por naves de habitantes de Instaminium. Um asteróide de piratas espaciais imundos no quadrante 56 da galáxia de Brandeburgo 3.
Foi impossível conseguirmos armas hiper fotónicas. Os ciberpunks eram muitos, com seus uniformes de meta acetileno com todas aquelas tomadas e geradores auxiliares. Computadores de trocentos megabytes e motocicletas que desapareciam num escudo invisível. Mas conseguimos nos infiltrar nas universidades e nos berçários através de macro células, inventadas por Uranium, um poeta doidão viciado em hermatoína, porém, um gênio em biopsicopro genética introvisoespacial. Com isso, misturado a pequenas centelhas de fósforo bioacetileno penetramos na mente das pessoas mostrando a beleza das artes, a liberdade, o amor e a maravilha do livre arbítrio. Assim a revolução foi espalhando-se e os núcleos de guerrilha foram aumentando. Eu e Eddie embebido em Jack Daniels controlávamos o comando central. A ele estavam ligados todos os sistemas subsequentes dos aparelhos eletromagnéticos. Não tínhamos naves intercinéticas, apenas umas subespaciais adaptadas. Nossa arma principal era a arte e a força espiritual do amor universal. No começo apenas queríamos lutar pela nossa liberdade de expressão, mas depois acabamos lutando pelo planeta. Não pudemos fugir dessa consequência. Destruir a grande central geradora do poder do grande chefe filho da puta e suas industrias catalisadoras. Seus gases irrespiráveis e indissolúveis. As infecções de pele e pulmão cada vez maiores. A poluição. a fome e o caos urbano e espacial cada vez maior. em pleno ano 3793 pós guerras neutrónicas. Nem assim a humanidade acabou com a ganància e a filha da putice. A única coisa que conseguimos nesses séculos foi acabar com as artes e o amor. A liberdade e os oceanos. O ar e o sexo reprodutivo. Agora nascemos em laboratórios. Nós, os artístas, somos considerados seres defeituosos. Gente com defeito que por alguma forma desconhecida conservou em seu inconsciente coletivo jungiano resquícios das artes, de séculos de amor e espiritualidade. Um escória a ser destruida por Euraq e seus guerreiros ciber punks. Mas, eu meu amigo Eddie embebido em Jack Daniels e nossos guerrilheiros artístas temos planos transóticos para detornar tudo. Um plano construido em outro estado de consciência, onde os ciberpunks não podem chegar por causa da sua nulidade espiritual. Hoje tudo está nesse pé. Esse é o diário de um poeta próto guerrilheiro artístico. Queremos salvar o planeta. Mas em último caso, se não conseguirmos foder com o sistema, roubaremos uma frota de Venas intergaláticas e viajaremos pelo hiper espaço até uma das luas de Antares, no quadrante 7. Quem sabe podemos ser felizes, livres, completos. E, essencialmente, espirituais e verdadeiros, podendo pór para fora tudo o que sentimos sem sermos patrulhados. E, é claro, conseguiremos passar os sentimentos sem medo.

Dum

Brasil - Terra - Ano 3793 pós neutrónico - quarto dia do oitavo mês do terceiro sol.
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