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cronicas-->Concretos e beijos lambuzados -- 18/02/2001 - 18:01 (Dum De Lucca Neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os gaitistas das portas do amanhecer eternizam, fazem jorrar água pesada dos alquimistas. Recolocam histórias de druidas e fadas. Como nunca se ouviu antes. Como nos atingirá no futuro. Como um profundo soco na consciência. Assim alguém poderá ajudar alguém, até o espaço e seus habitantes. Então poderemos correr de encontro a luz, defronte das estrelas e seus deuses.Abraçando Abraxas. A deusa negra de Orion. E tudo o que envolve àquelas paragens distantes. Vitalizando toda a energia cinética de ponta cabeça. Como fazemos durante o sexo. Apenas imaginando uma paixão interplanetária, quando a luz dissipar a escuridão dos buracos negros da mente e das dobras do tempo interdimensional. Talvez, assim, o homem se convença da sua pequenez cósmica. E siga seu caminho de forma mais ciente. Retornando às portas do amanhecer. Seguindo sua mente e seu coração sem medos, preconceitos e prepotência. Tocando com sua língua todas as nascentes. Banhando-se em cristalinas cortinas. Pelo mar, pelo ar. Solarizando a musica divina. Soberana atribuição, ilustre arte que junta os fragmentos da estirpe humana.
Telas a óleo. Palcos quentes. Amor em fúria. Uma chupada no sexo, captando os gaitistas das portas do amanhecer. Sentir sua música penetrar, suar, sentir seu calor. Voltar as sementes, saltar ao futuro. Se atirar num campo de flores. Um disco sobre as montanhas paulistas. Uma dança suave esbarra em minha face romàntica. Carruagens de fogo. Um beijo na lembrança. Uma melodia que faz uma lágrima descer. A escuridão no reflexo dos espelhos. Tudo rodando na história da vida de cada um. Flutuar sobre o ar e as águas de Vênus. Tostando nas nevascas de dezembro. Sentindo tudo dentro da cabeça explosiva. Desta forma alguém poderá ajudar alguém a atingir o futuro. Integrar uma cosmonave. Mas por certo resta uma longa jornada, como uma suave voz, como a de Sue Foley. Ainda restam vidros partidos pelos caminhos, montanhas para subir, sóis para brilhar e oceanos para atravessar. Tristezas e crueldades. Crianças para nascer em berços aldazes ou vis. Guerras pelo planeta, meus amigos mortos. Harmonias santificadas. Explosões de odores e sensibilidades. Brasil, mundo, universo. Olhos azuis de uma linda mulher que encontro pela noite.
A escuridão esconde a luz, torção espacial, lembro de palavras. Não acredito porque o céu chora por seus filhos pródigos. Faz tempo que eu não ouvia um CD tão completo. Como um orgasmo conjunto em grito absurdo enorme fusão de líquidos explodindo. Estamos na era de aquário, no tempo da instantànea informação e reposição. E, me parece, que a sequência de conclusões transtornou os homens. As coisas. Mais uma taça de vinho branco. Mais um lugar para olhar e pensar. Outra onda salgada na profundeza da minha cabeça lúcida. Tudo rodeado por fragmentos de uma vida. Uma linda canção, um toque de sedução, um leve beijo na orelha. A cidade molhada de chuva, lavada pelo vento, repleta de gente perdida. Olhares pro nada. Solidões latentes a procura de calor, de algo que quase ninguém sabe ao certo. Bares e clubes, escuridão, chuva e asfalto. Retidão e ferro. Concreto e beijos lambuzados. Impessoalidades e rock and roll. Cinemas e luminosos, prostitutas aos montes, doentes das metrópoles. Loucos, artístas, e poetas errantes a procura de motivos. Cocaína e ilusão. Casais brigando e gente trepando no carro. Telefones destruídos, punks e carecas, polícia assassína. Botecos nojentos e latrinas esmerdeadas. Bandidos agindo. E a volta às origens com a básica musica dos gaitistas das portas do amanhecer. Com sua musica dourada e suas deusas louras, altas e altivas. Envolvendo toda a urbanicidade do avesso. E Lilith chega, a deusa da lua feminina que enforca seus amantes. Dá força às mulheres malvadas, enforca seus amantes. Lànguidas, astutas e perversas. Caçando seus machos com seus tambores de guerra. Decididamente crueis, pelos campos, mares e luas. Lilith, a mais pura índole feminina. De olhos verdes, castanhos, azuis e até violeta. Soturna com seu charme impávido. Perigosa com seu perfume sádico. Trejeitos arrebatadores abatendo incautos homens. Lilith, a lua negra, deusa do amor e dos prazeres secretos, dança a musica dos gaitistas sagrados. Bebe o néctar dos mitos. Atinge aos homens despedaçando seus egos. Apenas uma história do cosmos. De certas mitologias do passado, de certas verdade atuais. De algumas possibilidades futuras. Corações despedaçados. Atualidades congênitas.



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