Acusas esse médico
de deixar a gaze,
como culpas o pássaro
pelo mau tempo.
Nada sabes de dores,
plantões, madrugadas,
de adeuses e solidão,
quando voltas para casa
todas as noites e dormes.
Nada entendes
de sacrifícios e privações,
de humanos e sonhos,
apenas julgas
o elemento
que bem poderia
ser outro.
Rio, 17/07/01.
Lílian Maial |