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Infanto_Juvenil-->REVELAÇÕES - PARTE XII -- 29/08/2005 - 23:12 (Angellus Domini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PARTE XII

Pedro não entendeu por que Tatyana quis encontra-lo aqui. O lugar era sujo, mal iluminado. Pedro estava visivelmente sujo. A jaqueta estava muito grande nele. O antigo dono deveria ter quase o dobro do seu tamanho. Todos olhavam pra ele, que tomava sua vodka sentado sozinho na mesa, esperando por ela.

Pedro ainda estava confuso sobre tudo o que estava acontecendo. Nem mesmo sabia mais quem ele era. Tudo o que ouvira, e que vira. Pior, tudo o que ele fizera. Quem ele mesmo era, ele já não sabia mais.

Foi quando Tatyana entrou. Ela estava diferente. Não tinha mais no rosto o brilho e a alegria. Estava abatida, como se não tivesse dormindo mais. E parecia estar falando sozinha. Movia seus lábios silenciosamente, enquanto entrava naquele lugar.

Fazia alguns dias que na a via, desde que ele a resgatara, em situações que não gostaria de se lembrar agora. Estava com muitas saudades.

- Tatyanna, você está bem? – foi a coisa mais inteligente que ocorreu a Pedro. Ela somente o abraçou. Forte, um abraço quente, estava chorando.
- Pedro não temos muito tempo. Eu sei que eles vão voltar. Não nos deixarão em paz.
- O que eles querem.
- Não sei Pedro, não sei...
Mas ela sabia. Sabia quem eles eram. E o que mais a amedrontava. Sabia quem Pedro era, e tivera nos últimos dias a certeza de que não estava errada. Ela viu que tudo que o velho Bruno Goran dizia era verdade.E o destino de Tatyanna estava atado ao dele. Ela devia fazer o que fora determinado.

- Minha Tatyanna, nos vamos escapar deles. Nós vamos ficar juntos.
- Vamos sim Pedro. Nós vamos sempre estar juntos. De alguma forma. Nós estamos juntos pra sempre Pedro. Nunca nos separaremos. Mas agora estou muito cansada Pedro. Vamos sair deste lugar.

Estava frio. A noite parecia perceber o que estava acontecendo. O vento frio acariciava a face deles. A escuridão aprecia aumentar.

Eles não sabiam o que falar. Só queriam ficar juntos.
Ela estava chorando agora. Uma angustia muito grande a domina. Pedro está a seu lado. Não tem coragem de dizer nada. Uma palavra errada pode ser pior para o momento. Ele prefere o silêncio. Manter silêncio é o melhor a se fazer.
Caminham lado a lado, ela esta muito abatida, cansada.
Encontram um motel, único por perto. Alugam um quarto, precisam descansar.
Ele está imundo, ainda tem sangue seco grudado em seu cabelo. O quarto é confortável, quente, acolhedor. Ele vai para o banho, e ela diz que vai preparar-lhes uma bebida.
Ele sai do banho, ela está o esperando. Abraça-o e beija-o como se fosse a última vez que faria isso. E seria mesmo.
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