No dia 17 de setembro de 2008, ocorreu a cerimónia de encerramento dos Jogos Paraolímpicos de Pequim, após a Maratona em que o brasileiro Tito Sena coquistou a medalha de prata. Outros dois brasileiros também fizeram bonito na Maratona, Ozivan Bonfim e Moisés Neto, ficando na quinta e nona colocações, respectivamente.
A Grã-Bretanha, mais uma vez, mostrou que não está pra brincadeira. Nos jogos convencionais de Pequim, havia ficado em quarto lugar, depois da China, dos EUA e da Rússia. Com os paraolímpicos, ficou em segundo, não dando a mínima chance aos americanos e russos. Esta performance faz prever como serão disputados os jogos em Londres, em 2012, com a briga destas quatro potências olímpicas.
Os destaques brasileiros ocorreram no Cubo d`Água, onde o Brasil conquistou 19 medalhas, posição só superada pelas Paraolimpíadas de Sidney, em 2000, quando foram 23 medalhas. Não fosse a representação feita pela França contra o nadador brasileiro Clodoaldo Silva, que foi obrigado a mudar de categoia, o recorde poderia ter sido superado nestes jogos. Vale lembrar que Clodoaldo ganhou 7 (6 de ouro e 1 de prata) das 17 medalhas conquistadas pelos brasileiros em Atenas, em 2004. Em Pequim, depois de mudar da categoria S4 para S5, Clodoaldo conseguiu apenas uma medalha de bronze (revezamento 4x50 m livre).
Dentre os atletas da natação, vale destacar as atuações de Daniel Dias e André Brasil, que conquistaram 8 medalhas de ouro - um Phelps inteiro! Daniel Dias, da categoria S5, ganhou 4 medalhas de ouro (50 m costas, 200 m medley, 100 m e 200 m livre) e 1 de prata (200 m medley). André Brasil, da categoria S10, ganhou 4 de ouro (50 m livre, 100 m livre, 400 m livre e 100 m borboleta) e 1 de prata (200 m medley).
No atletismo, o destaque ficou com Lucas Prado, o cego mais rápido do mundo. O brasileiro não deu chance aos adversários nas competições de 100 m, 200 m e 400 m, em um Ninho do Pássaro sempre lotado.
No quadro final de medalhas, o Brasil ficou em um honroso 9º lugar, com 16 medalhas de ouro, 14 de prata e 17 de bronze.
Em outro texto, eu já havia abordado a injustiça que é o fato de apenas as medalhas de ouro servirem para a confecção do ranking, desfazendo-se as medalhas de prata e bronze. Assim, se um país tiver 1 medalha de ouro, 0 de prata e 0 de bronze, fica na frente de outro que tenha, p. ex., 0 medalha de ouro, 5 de prata e 15 de bronze. Um absurdo total. O correto seria fazer uma ponderação, dar um peso à s medalhas: 3 pontos para as de ouro, 2 pontos para as de prata e 1 ponto para as de bronze.
Aplicando-se esse modelo por mim sugerido, a Rússia e o Canadá ficariam na frente da África do Sul, e a Espanha estaria na frente do Brasil. Seria mais justo, sem patriotada. Nos jogos olímpicos convencionais de Pequim, o Brasil ganhou mais medalhas de ouro do que Cuba, p. ex., mas ficaria atrás daquele país caribenho caso fosse adotado o critério da ponderação.
Parabéns, atletas paraolímpicos! Vocês nos deram muito orgulho! Até 2012!