Usina de Letras
Usina de Letras
12 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62283 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50671)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->O Gorila Simão e a empada do bar do Português -- 30/11/2001 - 13:38 (Flavio Costa Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na pequena cidade de Curió, o bar do seu Antônio, o português, era o ponto de encontro de todos os homens da cidade após o trabalho, ali era o famoso “rapi ouar” do local. Famosos eram também os salgados oferecidos para acompanhar a cervejinha, e o principal da casa era a empada de carne seca. Nosso personagem principal é João, viciado na empada do seu Antônio, comia no mínimo seis por dia, até quando seu organismo não mais resistiu as frituras feitas com óleo sem troca e foi obrigado a parar com o hábito, porque cada vez que comia uma empada não conseguia nem chegar em casa, era obrigado a dar uma “paradinha” no mato.

A turma toda estava reunida no bar tomando cerveja, e João só olhando as empadinhas, porém sem coragem de arriscar, foi quando entrou na cidade o circo Irmãos Trofei, fazendo um desfile com toda a pompa necessária para fazer com que todos soubessem do acontecimento , e conseqüentemente a sessão estivesse cheia no final de semana. A grande atração do circo, bastante pobre, era o gorila Simão, que estava longe de ser um animal feroz mas costumava fugir sempre que a segurança dava “mole” na sua jaula.

Enquanto montavam a estrutura do circo, a criançada toda ficava na volta da jaula do Simão, que ficava muito sozinho, adorava quando alguém aparecia para brincar. João que estava desempregado, foi fazer um bico na montagem do circo para ganhar algum dinheiro para a cervejinha do final do dia, e no máximo uma empada de carne seca, sempre com o risco de não conseguir chegar a tempo em casa e ter que parar no mato, para estes imprevistos ele levava sempre uma folha de jornal no bolso.

Na semana seguinte, todos no bar contando os acontecimentos do final de semana no circo, João se empolgou, uma vez que estava com dinheiro no bolso, tomara algumas cervejas a mais e comeu seis empadas. Foi quando chegou um funcionário do circo desesperado, gritando que o gorila Simão havia fugido da jaula. O pânico tomou conta da cidade, e cada um fugiu desesperado para se trancar dentro de casa, e João não foi exceção, mas ele morava longe, e já estava anoitecendo, e quando ele passou na frente do bosque as empadas não o perdoaram, sentiu a forte contração estomacal, parou de imediato, nem respirava, e dirigiu-se a passos miúdos para a sua conhecida moita.

Após o necessário alívio, João foi levantar as calças quando sentiu duas mãos fortes e peludas segurando firmemente suas calças, ele tentou levantar-se mas não conseguiu forças para vencer seu oponente, sentiu um bafo quente na nuca e um grunhido como de uma fera primitiva. João fechou os olhos, fez uma oração, e pediu que fosse algum amigo brincalhão, mas não era, lá estava , ele o gorila Simão. Ele sabia que o bicho não era brabo, e tentou sair de mansinho, mas o gorila o segurava e não deixava ele escapar de jeito nenhum, e quando João forçava, ele soltava um rugido que gelava até a alma de João.

João sentiu Simão força-lo a ficar em uma posição um tanto quanto constrangedora, foi quando ele sentiu a intenção do gorila, e como era grande a intenção dele. João não podia nem gritar que Simão ficava uma fera. Duas horas depois, Simão nem pensar em parar, João desesperado, de dor e de vergonha, nesta altura ele já estava preferindo que o pessoal do circo os achassem, porque a dor com certeza já ultrapassara a vergonha. Como a pedido de suas orações, acharam os pombinhos ali abraçadinhos, no escuro do mato.

A estória ficou famosa, na semana seguinte quando João teve alta do hospital, foi chegando de mansinho no bar, esperando a gozação de todos com o acontecido, mas seus colegas foram respeitosos com seu infortúnio e nem falaram uma palavra sequer sobre o ocorrido. Justamente naquele dia o circo estava indo embora da cidade e fez um desfile na rua principal para se despedir, foi quando passou a jaula do gorila Simão, que abanava e mandava beijos para João.

Devido ao inusitado da situação, os colegas de bar não resistiram e caíram no chão de tanto rir, e João furioso pensava: “nunca mais como esta merda de empada do português”.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui