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Infanto_Juvenil-->REVELAÇÕES - PARTE XIII -- 29/08/2005 - 23:15 (Angellus Domini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PARTE XIII


- моя девушка
- ЛЕОНИД? Pai Leonjd!

A imagem de vestes negra, o abade Leonjd Yganov estava parada atrás de Tatyanna, que se volta para ele. A última vez que ela o viu foi em circunstâncias que a levaram crer que ele estivesse morto. Mal acreditou mensagem do noviço Jan Vlk lhe transmitira. Leonjd estava vivo. E queria vê-la novamente. E juntamente com ele estava outro monge, este muito mais velho que ele, o Irmão Bruno Góran, ancião de muitos anos, mas de grande experiência mística.

Tatyanna se lançou em um abraço apertado em seu pai espiritual, naquele que a convencera a largar a vida conventual para se dedicar a esta tão importante missão. Ela se esqueceu do protocolo, do respeito e reverência ao abade. Naquele momento, a sua felicidade em vê-lo vivo era maior que o sentimento de respeito. Leonjd não se preocupava com essa quebra de protocolo. Isso não tinha importância naquele momento. Ele também estava feliz em ver que o plano caminhava bem. Tinha tido uma falha. Mas vira que “sua pequena”, como ele chamava Tatyanna, não os tinha abanado. Então ainda tinha uma esperança.

- Mоя девушка, tivemos medo que estivesse sob a influência do mal que esta nos ajudando a eliminar. Mas você provou que sua inocência de coração era maior que todo mal que ele lançou contra você. Onde ele está agora?
- Não sei, Pai Leonjd. Desde aquele noite que não o vejo. Estou envergonhada. Tive medo, medo de tudo o que ocorreu. Então me escondi dele. Achava que o senhor estava morto, Que Deus me perdoe. Sem sua ajuda e orientação, tinha medo de cair ainda mais nas seduções dele. Quando estou perto dele não sei o que acontece comigo. Não sei o que falar, o que fazer. Meu coração queima e só sinto desejo, que Deus me perdoe, de estar com ele, de ser dele.

- Isso é muito perigoso, pequena. Você não pode fraquejar na sua oração e entrega ao plano. Não pode se esquecer de quem você é e principalmente de quem ele é. – a voz cansada e mística do ancião Góran feriram mais a alma de Tatyanna. – Eu já sabia que isso iria acontecer. É grande o poder de sedução dessa criatura – ao dizer isso, Góran se persignou e cuspiu no chão, sendo imitado por Jan Vlk, e após uma exitação, pelo próprio Leonjd. – Mas se você se manter pura e fiel ao propósito, Deus todo poderoso virá em seu auxilio. Agora você deve voltar a procurá-lo. Devemos tentar novamente.

- Por que venerável Bruno? Por que? Muito dos nossos já morreram por isso.

- E morreremos todos se for necessário. Este mal deve ser exterminado. Nossa ordem o espera há muito tempo. Já o eliminamos uma vez. E agora devemos faze-lo de novo.

- Calma Venerável. Não vamos assustar a pequena. Mas Tatyanna, o Irmão Góran tem razão. A nossa existência tem sentido se terminarmos o que temos que fazer. E precisamos de você. Só mais uma vez. Eu juro. Se não conseguirmos, você pode retornar a seu convento em Alba Iulia, nunca mais nos verá. Mas receio que se falharmos, e espero que Deus nos ajude para que não falhemos, você não irá querer mais voltar.

- Tome – o velho Góran estava com um pequeno frasco nas mãos. – Este remédio pode ser diluído na vodka. E sei que ele gosta desta bebida. Nós seguiremos vocês. Você sabe o que fazer.


Pedro está escondido, cansado. Tudo que aconteceu em sua vida. Não sabe o que pensar de tudo isso. Por que pegaram Tatyanna. E onde ela estará agora? Ouve seu celular tocar. Ele não tocava há dias.

- Pedro, preciso te ver. Espere-me no bar. Voe sabe qual.

Ele não teve tempo de dizer nada. Mas sabia quem era. Não podia esquecer esta voz. Nem o bar a qual se referia. Tatyanna esperava por ele. Ele estava confuso. Não sabia porque estiveram sendo perseguidos. Sabia que tinha algo errado quando Tatyanna fora raptada, e ele tivera que resgatá-la. Matara várias pessoas para realizar isso. Mas era como se não tivesse matado por Tatyanna e sim pelo prazer de matar. Ele estava muito confuso com tudo o que estava acontecendo com ele. Por que o perseguiam, ele não conseguira entender. Mas o telefone de Tatyanna o fez entender que eles não desistiram.

Ele caminha lentamente para o bar, um local afastado, freqüentado pelos piores tipos de pessoas. Ruas mal iluminadas, repletas de prostitutas e viciados. Um ambiente que Pedro já estava se acostumando, com os acontecimentos recentes de sua vida, mas que meses atrás, destoava totalmente da rotina de Pedro, acostumado a freqüentar ambientes refinados, cultos. Cercado desde cedo por uma vida repleta de conforto pelos pais adotivos. Sempre foi um rapaz tímido e pacato, mas sempre com uma inteligência aguçada e incomum. Quando os pais morreram, de forma estranha e misteriosa, assassinados ao mesmo tempo e de maneira parecida, mas em locais diferentes, passou a viver sozinho e isolado, embora tivesse a sensação de que estivesse sempre seguido por alguém. Foi quando conheceu Tatyanna que tudo começou a mudar. A vinda de Tatyanna desorganizou a vida de Pedro, a tornando um caos.

Ele nunca entendeu Tatyanna. E ela nunca lhe explicou bem quem era. Somente sabia que ela exercia uma forte força sobre ele.
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