O resto do cunversamento, e os arrespostamento para o Anecildo.
lembrança da partida 3 i úrtima
Resorvi num fica ali,
Sai decendo um camim
Rudiado di capim
I purele prossegui
E vindo ao longe eu vi
Um cabra que vinha vindo
No caminzim assubindo
I digo pra vossamicê,
Pensei Dele num mi vê
E continuei seguindo
Porém quando se achegô
Num fez cuma quem num veja,
Bendito e louvado seja!
Foi o refrão que falô;
E ieu lhe arrespostô
Cuma era custumado:
Sempre seje Deus Louvado!
E parando junto di mim
Ele pruguntô assim:
Pradonde vai tão apressado?
Eu disse qui tava ariado
Sem sab~e pradonde ir
E disse pra eu seguir
Arrudiando puro lado
Do declive acentuado
Da bargada dum serrote,
E que se eu tivesse sorte
Em uma hora chegava
Na estrada que levava
Pro rio grande do norte.
Acelerado eu seguia
Descendo aquela ladeira
Lembrei da minha aroeira,
Do tanto qui me ajudaria,
Pois ela mi arrimaria
Qual se três penas tivesse
E antes qui um passo desse,
Tal e qual assombração,
Apareceu-me na mão
Sem eu saber donde viesse.
Entonce eu fiz uma prece:
Oh! Meu Deus qui mi consola,
Só mi farta minha viola
E nada mais me carece
Vem uma coisa e cresce
Prudentro de minha mão,
Acredite meu cristão,
Era minha violinha
Qui para aligria minha
Surgiu nesta ocasião.
Derne ai eu ando equipado,
Cum tôdos meus apetrecho
Num reclamo nem me quecho
Do muito quieu tem vagado.
Dos qui eu tenho encontrado
Uns mi vê, i ôtros não,
Mais exeste muito irmão
Cuma ieu, também vagando
Veiz pu ôtra vô cantando
Nas vaganças pulo sertão.
De digo, amigo Anecildo
Nu céu ieu nunca chequei
Purisso mermo num sei
Arrespondê su pidido
Pru la en nunca tê indo,
Não sei se as pedra dão mé,
Se tem fias de coroné
bunitas, novas i maçuda
Tudo nova inda cabaçuda
Dando o chibiu a grané.
Do inferno nada sei
Pruquê também num fui lá
Mi cansei de esperá
Num lugá escuro i Fêi,
Mais de lá eu mi mandei
Andando sem direção
E purriso, dêrne então
Qui ieu vago neste mundo
Num divirtimento profundo
Inté quando? Num sei não!
Limêrinha do Tauá, preto véio qui tem o Fôigo de sete gato.
