Hoje acordei com tantas saudades do menino que ao nascer ganhou por sobrenome Aquino e que ao crescer ao invés de se sentir mais homem, seu coração só queria bater cada vez mais forte e feliz feito criança.
Seus pequenos olhos castanhos brilham sempre como estandartes de sua esperança, caminha pela vida de forma tão mansa...esquece da lembrança que viver é um desafio...acompanha de forma intensa o balanço de todas as suas horas, como nos passos de uma dança.
Sua vida é como um rio e ele tantas vezes se perdeu nas curvas do curso desse rio, sempre em busca do destino certo para desaguar,sempre em busca do mar, menino-poeta que nunca deixou a dureza da tristeza roubar-lhe o mel dos sentimentos, homem quase pleno(é o homem que sempre quis ser), hoje vive sem precisar de venenos.
Acordei com saudades daquele menino, que corria atrás de suas próprias sombras, que nunca teve medo de sangrar, que chora mais pelos outros do que por si mesmo...saudades daquele menino que está escondido por aí em algum lugar, mas que hoje não consigo encontrar nessa manhã tão vazia.
André hoje está tão difícil de viver sem a tua companhia....