Usina de Letras
Usina de Letras
98 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62237 )

Cartas ( 21334)

Contos (13264)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50635)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4769)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140809)

Redação (3307)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6192)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Erotico-->Apertadíssima -- 11/02/2007 - 11:05 (Jader Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Apertadíssima!

Meu gerente não gostava de perder uma cota sequer. No começo do mês somava os objetivos da filial e dividia as tarefas para cada supervisor. Pelo telefone, acompanhava da matriz o andamento das vendas e cobrava as posições de cada cliente e queria saber das vendas realizadas no dia e as previsões para o dia seguinte. O nome dele era “Negão” e morava em Bauru,SP. Para ele a cota era sagrada e tinha de ser coberta, era ponto de honra de todo bom vendedor. Mas os tempos andavam bicudos e não era fácil vender remédio, especialmente nos finais de ano quando a cota vinha em forma de “trepadinha”, ou seja: eram somadas as cotas de outubro, novembro e dezembro e tudo virava um bolo só, muito mais difícil de cobrir.
A luta era grande. O “stress” tomava conta de todos. Naquele ano terrível, 1977, o tempo passou rápido. Veio Outubro e passou Novembro. No dia quinze de Dezembro a cota teria que estar coberta. Caso contrário, adeus, perdia-se o ano inteiro. No dia catorze de Dezembro o Décio Rocha telefonou passando um pedido gigantesco do Troy. O Onofrão informou que a Santa Casa de Rio Preto,SP, tinha feito um pedidão. Finalmente. a cota estava coberta. O ano tinha sido salvo! O Negão exultava, estava aliviado com a tarefa cumprida. Tinha passado um mês inteiro em São Paulo na matriz e viajando por outras praças do interior.
Voltou para Bauru, onde morava, tomou um banho e foi pra cama deitar-se tranqüilo ao lado da esposa, Mariazinha. Pegou logo no sono e sonhou com a cota. Agitou-se na cama e gemeu alto. Gemia tão alto que a mulher, ao seu lado, acordou e ficou ouvindo, tentando adivinhar o sonho do marido. O Negão dizia: “Até que enfim, consegui. Êta cotinha apertada!... Como é apertada esta cotinha!...” De repente o Negão acordou com uma cotovelada da esposa enciumada, que estava alerta e sentada ao seu lado querendo saber de tudo: “Quem é essa tal “Cotinha”?... Vamos, diga logo o telefone desta sem-vergonha que é tão linda e apertada!...”
Não havia “Cotinha” nenhuma. Tudo não passava de um pesadelo de vendedor de remédio, feliz por ter alcançado a cota, sempre muito apertada num fim de ano...





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui