Saio de casa atrasado
Já são sete e meia
E onde está o suco de laranja
Talvez na mesa do vizinho.
Meu carro foi roubado
E na rua me chamaram de Negrinho.
Violência?
Apenas consequência!
Do cotidiano atribulado.
Passam saias, calças, sacolas
Olhos não vejo
Bocas não sinto
Passam sonhos, esperanças, alegrias
Chegando o final do dia
Novamente a aurora
Hoje, espero o Crepúscolo
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