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Teses_Monologos-->A Pecuária De Corte Na Região Dos Cerrados -- 27/11/1999 - 20:20 (João Vinícius De Carvalho Daher) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No livro “A PECUÁRIA DE CORTE NA REGIÃO DOS CERRADOS”, o autor J. Vinícius C. Daher, um fazendeiro com mais de 30 anos de experiência no ramo, desenvolve o tema com a maior abrangência, em uma linguagem que todos entendem. Os fundamentais aspectos da viabilidade econômica ganham, por isso, inteira relevância na condução das práticas recomendadas.
Todos os tópicos da pecuária de corte explorada nas regiões subtropicais são abordados de forma agradável e inteligente, destacando-se aqui, os seguintes:

 OS CERRADOS - Solo, vegetação, clima, água e topografia.
 O FAZENDEIRO - A pecuária após a aposentadoria.
 ASPECTOS ECONÔMICOS - Parâmetros para investimentos e otimizando receitas.
 A FAZENDA - Pontos a serem considerados para comprar uma fazenda.
 A ECOLOGIA, O CERRADO E A PECUÁRIA.
 A FORMAÇÃO DAS PASTAGENS - Desmatamento, preparo do solo, conservação do solo, drenagem etc.
 CORRETIVOS PARA OS SOLOS DAS PASTAGENS - Adubação de plantio, registros e análise do solo.
 VARIEDADES FORRAGEIRAS PARA OS CERRADOS.
 CAPINEIRAS PARA A PECUÁRIA.
 LAVOURAS DE SUPORTE.
 CONSERVAÇÃO DAS PASTAGENS - Aceiros, terraços e drenos, subsolagem, adubação foliar, reforma das pastagens etc.
 O MANEJO DAS PASTAGENS - O estabelecimento do pastejo rotativo, roçar o pasto. (Como e quando a queimada do pasto pode auxiliar na sua conservação e manejo).
 DIVISÃO DAS PASTAGENS.
 CONSTRUÇÃO DAS CERCAS.
 INSTALAÇÕES RURAIS - Currais, armazém, paiol, casa de forragem, garagem para máquinas, almoxarifado, escritório, farmácia e moradia para empregados.
 COMO FAZER AS CONSTRUÇÕES RURAIS.
 AS RAÇAS E SEUS CRUZAMENTOS.
 O GADO - Criar ou engordar, a compra do gado, a comercialização, épocas e preços, a engorda por confinamento, a reprodução bovina e a consangüinidade na seleção do gado de corte.
 MANEJO DO GADO - Como estabelecer o controle e o período mais indicado para a monta do gado de corte (obtenha assim maior reprodutividade das matrizes e precocidade das crias).
 UM POUCO DE NUTRIÇÃO - Os alimentos, silagem, feno, a uréia como alimento animal, a mineralização do gado etc.
 A SAÚDE DOS BOVINOS DE CORTE - Prevenção dos acidentes tão comuns com o gado etc.
 PARASITOLOGIA DOS BOVINOS.
 DOENÇAS MICROBIANAS - Porque, quando, e como vacinar. O meio de ação das vacinas.
 DOENÇAS MAIS COMUNS DO GADO DE CORTE - Métodos de prevenção e tratamentos. (Dentre outras tantas doenças, além das vacinações e medicação, saiba de outras medidas que auxiliam enormemente no tratamento das diarréias infecciosas dos bezerros.
 O TRABALHADOR RURAL - O difícil relacionamento do capital e trabalho, chegando de forma definitiva nas fazendas.
 TRIBUTOS NA PECUÁRIA - Os impostos sobre as compras e as vendas, o patrimônio etc.

É certamente um livro de grande utilidade aos fazendeiros em geral, administradores e vaqueiros, estudantes e todas as pessoas cujas atividades estejam de alguma forma ligadas a pecuária.



MANEJO DO GADO

Tanto para cria quanto para engorda, o manejo do gado é uma parte de relevante importância para se obter êxito na exploração da pecuária de corte extensiva.
Cada módulo de pastejo rotativo deve ter um vaqueiro capacitado como responsável. Para aflorar o seu interesse, deve-se transmitir a ele a responsabilidade integral do rebanho e do sistema de pastos que compõem o conjunto - para tanto deve-se, preferencialmente, instituir uma remuneração extra salarial baseada em alvos a serem atingidos em termos de produtividade.
Antes de transferir o rebanho de uma pastagem para outra, no sistema rotativo, o vaqueiro deve conferir detalhadamente o estado de conservação das cercas, a inexistência de ervas tóxicas, sacos plásticos ou qualquer outro material do gênero, carniças putrefatas ou ossadas de animais mortos, bem como as condições do sistema de bebedouro e cocho para sal. Somente estando tudo em condições adequadas é que se deve proceder à mudança do gado de um pasto para outro. Nesta ocasião, o rebanho deve ser contado e conferido com as anotações existentes.
Aproveitando cada três ou quatro mudanças de pastagens, perfazendo em média um espaço de 15 dias, o gado deve ser levado ao curral para ser detidamente vistoriado quanto à sua sanidade. Qualquer animal que apresentar algum sintoma de doença deve ser medicado e apartado do rebanho, ficando até o seu completo restabelecimento em um piquete destinado a este fim, nas proximidades do curral da fazenda. Os animais que se apresentarem eventualmente debilitados e magros devem receber fortificantes e devem ser pesados na balança, registrando-se o resultado em suas fichas para avaliação comparativa na próxima vinda ao curral. Deve-se aproveitar estas oportunidades para combater os bernes e carrapatos eventualmente existentes em alguns dos animais do rebanho, bem como fazer a vermifugação ou vacinas constantes do calendário de profilaxia do rebanho. O manejo do gado no curral deve ser executado por duas ou três pessoas habilitadas conhecidas pelo plantel, para não assustar os animais além da conta, não fazendo movimentos bruscos a fim de evitar acidentes com as pessoas e os animais no curral.
O sal mineral deve ser levado diariamente ao cocho do pasto em uso, pelo vaqueiro responsável pelo animal. Esta viagem matutina deve ser aproveitada para fazer visualmente uma vistoria abrangendo os seguintes itens: estado das cercas, porteiras, bebedouros e cochos, conferindo também a inexistência de material plástico, eventualmente trazido pelo vento, bem como qualquer anormalidade no pasto ou com o rebanho. Deve-se também proceder visualmente à conferência do rebanho nesta oportunidade.
Nas fazendas de engorda, deve-se estipular previamente o peso final que se deseja obter dos animais considerados acabados e prontos para o abate. Como cada animal apresenta performance diferente dentro da sua coletividade, o fazendeiro deve comercializar o seu gado gordo em lotes que perfazem uma lotação de caminhão gaiola, de forma fracionada, aliviando a pastagem em favorecimento dos retardatários. Visando defender-se do processo inflacionário, a reposição com bezerros ou bois magros deve ser feita de imediato. Esta forma de comercialização oferece ainda uma diluição dos riscos contra trambiques dos frigoríficos.
São tópicos importantes: os animais de mais era ganham menos peso que os jovens, estes beneficiam-se por estarem ainda em fase de crescimento, embora ressintam-se quando chega o período da muda dos dentes.
Os bezerros nascidos no início da estação das chuvas, quando bem manejados, em pastoreio rotativo, podem ficar prontos para o abate aos 2,5 a 3 anos de idade. Por isso deve ser avaliada a vantagem da castração do rebanho, que é benéfica a longo prazo, mas retarda o seu desenvolvimento pelo estresse no período de convalescimento do trauma.
O fazendeiro, mesmo pagando um pouco mais caro, deve fugir dos refugos e comprar cabeceiras de bezerros, garrotes ou bois magros, preferencialmente de rebanhos conhecidos, pois a qualidade dos animais postos em engorda é fator importante para obtenção de resultados positivos.
Na hora da comercialização do boi gordo, o preço da arroba de carne não pesa de forma preponderante, mas sim o valor comparativo para reposição. Geralmente, com um boi de 16 a 18 arrobas de carne compra-se de 2 a 3 bezerros machos, desmamados, de 7 a 12 meses; ou de 1,5 a 2 garrotes de 12 a 24 meses; ou de 1,3 a 1,5 bois magros com 12 a 14 arrobas de carne.
Diferentemente da cria, a engorda exige maior atuação e maior experiência do fazendeiro. Este deve ser um profissional para lidar com a comercialização nas duas pontas: vendendo bois gordos aos frigoríficos, quase sempre a prazo, e comprando bois magros ou bezerros, arriscando-se em leilões de outros fazendeiros. É indispensável conhecer o tipo e saber avaliar no “olhômetro” a era e o peso dos bovinos a serem adquiridos.
Geralmente entre os meses de fevereiro e abril (do carnaval à Semana Santa), está o período do ano em que tanto a carne quanto os animais para reposição encontram-se com os menores preços. Os fazendeiros verdadeiramente profissionais mantêm-se permanentemente bem informados e levam em conta este período para escolher qual a era, o que comprar, e até mesmo não comprar nos períodos de pique dos preços, fazendo outras aplicações financeiras com o resultado das vendas e não correndo o risco de comprar um boi magro e caro para vender gordo e barato. Resumidamente, pode-se dizer que o negócio de engorda exige uma ciência danada e não é para amadores.
Entre criar ou engordar, ambos em criações bem conduzidas, pode-se afirmar que para o fazendeiro profissional, com bom tino comercial, a engorda na realidade dá um resultado entre 15 a 30% a mais que a criação do gado. Os cálculos comparativos feitos de forma simplória apontam um resultado favorável à atividade da engorda muito mais gritante que o acima apresentado.
Nas fazendas do Brasil Central, que se dedicam à criação do gado de corte, é possível obter um grande aproveitamento do rebanho desde que aliem-se as demais recomendações feitas até aqui a cinco outras, de fundamental importância:

CONTROLE DA MONTA:
Como o gado de corte mais indicado para a criação extensiva na região dos cerrados, onde temos o período das chuvas com forragens de qualidades abundantes e o tempo da seca com escassez, é o nelorado, cujo período de gestação é em média de 291 dias, deve-se fazer o controle da monta estabelecendo o seu início em 1º de dezembro e término em 30 de março para que o nascimento dos bezerros ocorra do dia 17 de setembro a 16 de janeiro, época das chuvas com alimentação abundante à vaca nutriz do bezerro, pois com boa sanidade e vigorosas, elas passarão a seca amojando. É bastante comum verificar que as vacas que se reproduzem no período da seca ficam depauperadas e, por esta razão, mantêm-se frígidas e falham um ano de produção.
Afora o período de monta aqui indicado, os touros devem ser mantidos radicalmente fora do rebanho de matrizes.
Em função de repetidas experiências afirmo que, seguindo esta recomendação, da totalidade dos bezerros nascidos teremos aproximadamente 12% em setembro, 38% em outubro, 34% em novembro, 11% em dezembro e 5% em janeiro.

CUIDADOS COM OS BEZERROS:
Desde o nascimento, os bezerros nelores destacam-se de todos os outros por serem precocemente espertos e resistentes. Nas condições climáticas do Brasil Central, nascem no próprio pasto e alguns minutos depois já estão de pé, mamando sem qualquer auxílio. Nas fazendas próximas às grandes cidades, onde é mais populosa a comunidade dos urubus e gaviões, será necessário, principalmente quando se tratar das inexperientes vacas de primeira cria, observar que eles não venham a atacar os bezerros que acabaram de nascer.
Logo após o nascimento do bezerro, o vaqueiro deve trazer ao curral tanto a cria quanto a vaca para curar o umbigo do recém-nascido com iodo a 2% e, quando necessário, esgotar o leite da vaca para descongestionar o úbere e acabar com o inchaço das tetas, a fim de facilitar a mamada do bezerro. Ambos, mãe e filho, devem ser cuidadosamente observados e, diante de qualquer anormalidade, deve-se iniciar o tratamento indicado de imediato, evitando complicações que podem agravar-se com o passar do tempo.
Para a cura dos umbigos dos bezerros, o criador deve comprar, nas casas de produtos veterinários, o iodo a 4%, vendido em embalagem de litro, para transformá-lo a 2%, diluindo na base de 50% em água limpa e fervida. O iodo a 2% deve ser colocado em vidro com boca larga, que facilitará o tratamento do umbigo mergulhando-o diretamente no vidro.
A vaca prenha, ao apresentar sintomas característicos da proximidade do parto, deve ser apartada do rebanho e trazida ao piquete-maternidade, próximo ao curral, onde será constantemente e melhor observada.
Após a parição, a vaca e sua cria devem ser mantidas no piquete-maternidade até que o bezerro complete 40 dias de idade, para só retornar ao pasto comum do rebanho depois que ele seja, aos 30 dias de idade, vermifugado e tatuado na orelha com a data do seu nascimento, e aos 40 dias receba a polivacinação, de preferência com a Mixtovacin-R6, eficaz contra o carbúnculo sintomático, gangrena gasosa, edema maligno e enterotoxemia dos bovinos.

A DESMAMA DOS BEZERROS:
A fim de permitir o descanso e a recuperação da vaca para a próxima paridura, o bezerro deve ser desmamado quando atingir a idade de 7 a 8 meses, ou mais cedo ou mais tarde dentro desta faixa etária, de acordo com o desenvolvimento apresentado.
É comum ver-se bezerros erados, ainda aos pés das suas mães, fazê-las enjeitarem os novos bezerros paridos, além de levá-las ao depauperamento, às vezes irreversível.
A desmama dos bezerros é uma operação das mais custosas para o vaqueiro por requerer, em certos casos, até mais de 30 dias de total atenção na observação das vacas, bezerros e cercas. A operação deve iniciar por reter os bezerros no curral na parte da manhã, mantendo-os ali por 24 horas em jejum para que sintam fome e quando soltos venham pastorear em vez de procurar desesperadamente a mãe. Diante do insucesso com algum animal renitente, a operação deve ser teimosamente repetida até que o êxito seja total com os animais de desmama.
Há animais com temperamentos tão obstinados que só desmamam mediante o uso de focinheiras no bezerro “mamão”, um instrumento que espeta o úbere da vaca, fazendo-a, com o tempo, repudiar o bezerro.
Muitos criadores, para evitar a árdua tarefa da desmama dos bezerros na fazenda, comercializam os bezerros neste período e fazem a apartação, mandando as vacas de volta ao pasto e vendendo os bezerros para o caminhão boiadeiro, com destino longínquo de lá.

O NÚMERO DE VACAS POR TOUROS:
Principalmente nas fazendas que fazem o controle da monta, mesmo nas raças férteis e andejas como o nelore, touros demais não prejudicam. Portanto, é bom ter um touro para cada 15 a 20 vacas no máximo. Isto considerando que os touros sejam novos e que estejam sexualmente ativos e vigorosos.
O porte da fazenda e o tamanho das invernadas não alteram a proporção acima apresentada.
Para o sistema de montas naturais, um touro deve ser colocado em serviço após a idade de 2,5 anos, servindo com plena capacidade por 6 a 8 anos, sendo descartado após este período.
Para as fazendas com criações bem estabelecidas, ao contrário de buscar em feiras e exposições animais não adaptados ao pastejo extensivo, o processo de renovação do plantel de touros reprodutores deve ser feito pela escolha entre os melhores bezerros produzidos na própria fazenda. Da qualidade de touros existentes na fazenda deve-se reter, todos os anos, de 12 a 15% em bezerros do próprio plantel; destes, logicamente, os que apresentarem melhor desenvolvimento dentre os demais. Desta forma, será feita a renovação total dos reprodutores a cada 8 anos, vendendo-se os descartes preferencialmente ao findar a estação da monta.
A usual recomendação de ter um touro para 30 ou até 40 vacas é certamente uma enorme estultícia que prejudicará a produtividade do rebanho.

DESCARTES:
Antes das características raciais, o critério a adotar para selecionar e descartar as matrizes deve ser prioritariamente o da produtividade. Toda vaca que em 5 anos não tenha parido pelo menos 4 vezes deve ser descartada. Somente após atender plenamente a este item é que devem ser levados em consideração outros como: o temperamento, idade, porte e por fim as características raciais.
O sistema de reter as melhores dentre as bezerras produzidas a cada ano na fazenda, na quantidade equivalente a 10% do número de matrizes, levará a uma renovação automática de todo o plantel a cada 9 anos.
Ao iniciar este processo, do terceiro ano em diante o pecuarista terá 10% de suas vacas sendo descartadas, quando igual número de novilhas retiradas estarão entrando em produção.
Os animais que eventualmente morrerem serão repostos pelo mesmo sistema, naturalmente que sem descarte.

CONTROLES:
Sem informações confiáveis será impossível perseguir bons resultados em qualquer atividade produtiva. A pecuária de corte não foge à regra.
Na pecuária, a elaboração dos dados começa pela marcação do gado, que deve se iniciar aos 30 dias do nascimento dos bezerros com a tatuagem na orelha indicando o mês e ano do seu nascimento e o número da sua mãe. Numa segunda etapa, antes da desmama, todos os bovinos devem ser marcados a ferro com a marca da fazenda. E, finalmente, quando a novilha produz sua primeira cria deve ser marcada, também a ferro, ganhando o seu número. Toda essa seqüência é para ser adotada nas pecuárias de cria. Quanto às de engorda, o processo pode ficar restrito à marca da fazenda e ao número seqüencial da entrada do animal no estoque.
A marca da fazenda, gravada em todos os animais, é importante para tornar possível a busca na eventualidade da fuga de algum animal da fazenda em qualquer circunstância. A marca do gado é a prova incontestável de propriedade, exigida pelas autoridades em caso de roubo ou furto.
Uma vez implantado o sistema de marcas em todos os animais do rebanho, o pecuarista estará em condições de confeccionar as fichas de controle para estoque e movimentação dos animais por categoria - adultos: cavalos, touros, matrizes; e os demais por período de seus nascimentos, isto é, por safras.
Além de constar no cabeçalho o tipo de animais a que se referem, estas fichas de controle deverão ter as seguintes colunas:
· Data - onde se deve registrar o dia da ocorrência;
· Histórico - para discriminar os animais e fatos como: nascimentos, óbitos, compras, vendas e transferência de categorias;
· (E) Entradas - numéricos;
· (S) Saídas - numéricos;
· Saldo - numéricos.

Após a elaboração das fichas de controle de todo o rebanho, o pecuarista deve criar um formulário para controle da produção das matrizes onde constarão todas as vacas existentes no plantel, pelos seus números crescentes, tendo logo à frente um espaço para ocorrências com datas de registros de óbitos e vendas por descartes. E, em seguida, 10 colunas para as safras (nascimentos dos bezerros) com datas.
A fim de permitir melhor avaliação através da simples observação visual, este formulário deve ter 32x50 cm de dimensão. É vantajoso fazer o formulário original em papel vegetal que permita a sua multiplicação através de fotocópias, todas as vezes que se fizerem necessárias.
É também de muita importância, para melhor administrar a pecuária de corte como atividade econômica, a criação de fichas de controles operacionais, como: da rotação dos pastos, do peso individual dos animais postos em engorda, das vacinações, vermifugações e do sal mineral.
De igual importância, é necessário ter as fichas de conta corrente com crédito, débito e saldo, para registrar o movimento contábil do mês, a fim de fazer o balancete de apuração mensal da atividade. O resultado obtido deve ser lançado numa planilha para demonstração econômico-financeiro, somando-se o apurado nos meses a fim de obter o balanço anual.
Em virtude de vivermos, infelizmente, em um país com inflação crônica, todos os valores financeiros, tanto dos controles operacionais quanto dos contábeis, devem ser expressos em moeda indexada por: dólar, ouro, salário, arroba de boi, preço de bezerro ou qualquer outro índice.
Ao fazer a leitura deste capítulo, no primeiro momento parecerá que estou pregando a criação de um emaranhado burocrático para a pecuária. Mas, com certeza posso afirmar que, após implantar todo o sistema aqui exposto, o fazendeiro não gastará, de forma fracionada, mais que duas horas por mês para manter atualizado todo o sistema de informação proposto, trazendo inúmeros benefícios ao empresário - é correto o adágio popular que diz: “o mau uso do cachimbo faz a boca torta”. Portanto, ao adquirir o hábito de fazer os registros dos controles sobre a atividade, o pecuarista verá o quanto é simples e válido.
Quanto às pessoas que adotam e gostam, o sistema de informática poderá ser usado para fazer todos estes controles na pecuária, muito mais como modismo da época do que por necessidade de atender a complexidade do sistema de controle, pois um simples trabalho manual será inteiramente suficiente.
A criação de um sistema de registros diários numa agenda de mesa, tipo comercial, a ser usada pelo encarregado da fazenda no registro de todas as ocorrências de cada dia, será também de muita utilidade, principalmente para o fazendeiro que reside na cidade e vai apenas periodicamente à fazenda. Quando da sua chegada, o fazendeiro deve dar visto nas folhas da agenda correspondentes ao período da sua ausência, bem como fazer o registro futuro de suas determinações a serem executadas por seus funcionários.


PARA INFORMAÇÕES ADICIONAIS E ENCOMENDAS DO LIVRO "A PECUÁRIA DE CORTE NA REGIÃO DOS CERRADOS":
Fone (XXX61) 365-3034, FAX (XXX61) 365-3033
e.mail: adelia_regina@hotmail.com
ENDEREÇO: Cx.Postal nº 02879, CEP 71609-970 - BRASÍLIA – DF


Brasília, Novembro de 1999
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