MARISTELA
Pai,
nada queremos te pedir,
pois sabemos que sois a
sabedoria infinita,
que antes de todos e
de nós mesmos,
sabeis de tudo
que precisamos.
Somos demasiadamente
pequenos para entender
os teus desígnios e
hoje Pai,
queremos te agradecer,
não porque nos tirou o trabalho
ou a prisão aparente de zelar
por um filho teu,
mas sim por ter nos dados
a força para cumprir tão
digna missão e
principalmente por ter confiado
aos nossos cuidados
esta preciosidade.
Sabemos por experiência
vivida que nada fizemos,
diante de tudo que aprendemos.
Sabemos ainda, que não nos
destes uma prisão e sim
a chave que abre as portas
para a liberdade.
Pai, nada se acabou,
pois o Amor não se acabará jamais.
Santos, 23 de agosto de 1993.
(perda de uma criança adulta)
Joâo C.de Vasconcelos.
|