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(Exercício de tradução. Sugestões e correções serão sempre bem-vindas, inclusive as que se referirem
ao Português, quando feitas por brasileiros ou alemães estudiosos de códigos secretos utilizados na
segunda guerra.)
A TORRE DOS RATOS DE BINGEN.
(Versão1.)
Descendo o Reno, abaixo de Bingen, elevam-se ameaçadores rochedos brancos e um estreito espaço, chamado
Binger Loch, uma travessia livre para as proximidades das ruínas de Ehrenfels, não muito longe da Pedra
do Reno, no meio da espumosa corredeira, onde ergue-se uma sombria e antiquíssima ruína. Ela é a "Torre
de Hatto". Inflada de corujas e morcegos, ela parece ao observador como a casa do Mal, como se fosse
um monumento a um monstruoso delito. A "Torre dos Ratos", assim diz a saga, é a mesma ruína da qual um
aterrorizado barqueiro se desviou.
Houve um tempo em que viveu em Mainz um arcebispo chamado Hatto, grosseiro e duro de coração, além de
insensível às necessidades dos aflitos. Naqueles tempos predominava nas margens do Reno, e em toda a
região à sua volta, uma grande miséria, a ponto de muitos homens morrerem de fome. O bispo, cujo
celeiro estava repleto de cereais, abriu-o para uso, desde que não fosse tal medida estendida aos
pobres da diocese.
Então, quando a necessidade dos servos ficou maior e maior, coincidiu que eles se reuniram e
imploraram àquele homem sem sentimentos, por misericórdia, que os alimentasse, e, como tudo isso foi
em vão, cheios de ódio, resmungaram e praguejaram contra o tirano. E, por não ser seu coração dado
à compaixão, por outro lado, movia-se pelo ódio. Ele se enfureceu e mandou seus oficiais prender os
seus detratores; encarcerou-os num grande celeiro e mandou atear fogo em tudo. Quando os infelizes
foram alcançados pelas chamas e seus gritos de morte chegaram até o palácio do bispo, alcançando os
ouvidos do desumano e de todos aqueles que com ele àquela suntuosa mesa se assentavam, ele disse em
demoníaco escárnio: " Vocês ouvem os ratinhos de cereais assobiando lá em baixo?"
Mas, fez-se silêncio lá em baixo, e o Sol cobriu seu rosto com seus raios. No salão, tudo ficou
escuro e as velas que foram acesas não puderam interromper o crepúsculo a que o tenebroso homem
ficou sujeito. E vejam! Começou a chover no salão e de todos os cantos, das fendas do assoalho,
das janelas e do telhado rastejavam e corriam dentuços ratos e infestaram logo, logo, todos os
aposentos do palácio. Sem timidez, os ratos saltavam sobre as mesas e devoravam as comidas diante
dos olhos dos espantados convivas. Cada vez que chegavam novos ratos, nem as migalhas sobre a mesa
eram poupadas, muito menos as guloseimas que abocavam.
Então, morrendo de medo e apavorados, todos os que viram, e seus amigos, seus servos e criadas
fugiram de perto do proscrito.
Mas o bispo, querendo escapar, subiu em um barco e navegou Reno acima até chegar àquela torre,
a mesma em que as ondas da correnteza batiam. Lá julgava ele estar a salvo das suas irreparáveis
torturas. Mas, milhares de ratos rastejaram em torno dele, assobiando de todas as paredes.
Abismado, trêmulo e mudo de medo, ele tentou subir até o mais alto mirante. Para lá, também, os
ratos o seguiram e brancos de fome caíram sobre o blasfemo. Poucos momentos depois, nada havia
sobrado dele. Assim diz a saga daquela solitária torre no meio do Reno.
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Texto copiado do original em www.udoklinger.de
Der Mäuseturm bei Bingen
(1. Fassung)
Wo aus dem Rheinstrom unterhalb von Bingen weiße Klippen gefahrdrohend emporragen und nur einen
schmalen Raum -- das sogenannte Binger Loch -- für die Durchfahrt freilassen, da erhebt sich in
der Nähe der Ruine Ehrenfels und unweit des Rheinsteins inmitten der schäumenden Fluten ein
finsteres, halbzertrümmertes Gemäuer. Es ist "Hattos Turm". Von Eulen und Fledermäusen
umflattert, erscheint er dem Beschauer wie das Haus eines Bösen, wie das Denkmal eines
ungeheuren Frevels. "Mäuseturm" nennt die Sage jenes Gemäuer, von dem der Schiffer mit Grauen
das Gesicht abwendet.
Einst lebte zu Mainz ein Erzbischof namens Hatto, dessen Herz rauh und hart war und
unempfänglich gegen die Not der Bedrängten. Um diese Zeit brach am Rhein und rings in der
Gegend eine große Hungersnot aus, so daß viele Menschen umkamen. Der Bischof jedoch, dessen
Speicher mit Korn gefüllt waren, öffnete diese dem Wucher, aber nicht den Armen seines weiten
Sprengels.
Als nun die Not seiner Untertanen größer und größer wurde, fielen sie in Scharen zusammen und
flehten den gefühllosen Mann um Erbarmen und Nahrung an, und als dies umsonst war, murrten
sie und fluchten in ohnmächtiger Wut dem Tyrannen. Und ob sein Herz sich nicht vor Mitleid
regte, wurde es doch rege vor Zorn. Er ergrimmte und schickte seine Schergen aus, um die
Murrenden zu fangen, sperrte sie in eine große Scheune ein und ließ Feuer daranlegen. Als die
Unglücklichen von den Flammen ergriffen wurden und ihr Todesgeschrei bis in den
Bischofspalast drang, bis herauf an die Ohren des Unmenschen und aller derjenigen, die mit
ihm an der üppigen Tafel saßen, da rief er in teuflischem Hohn: "Hört ihr die Kornmäuslein
unten pfeifen ?"
Aber still wurde es unten, und die Sonne verhüllte ihr Antlitz. Im Saal wurde es dunkel, und
die angezündeten Kerzen vermochten nicht, die Dämmerung zu durchbrechen, die den finsteren
Mann von nun an umlagerte. Und siehe! Im Saal begann es sich zu regen, und aus allen Winkeln,
aus den Ritzen des Fußbodens, zu den Fenstern herein und von der Decke herab krochen und
liefen Scharen nagender Mäuse und erfüllten alsbald alle Gemächer des Palastes. Ohne Scheu
sprangen sie auf die Tische und benagten die Speisen vor den Augen der erstaunten
Versammlung. Immer neue kamen hinzu, und nicht die Brosamen auf der Tafel blieben verschont
und nicht der Bissen, der zum Munde geführt wurde.
Da ergriffen Furcht und Entsetzen alle, die das sahen, und seine Freunde, seine Knechte und
Mägde flohen die Nähe des Geächteten.
Der Bischof aber wollte entrinnen, bestieg ein Schiff und fuhr den Rhein hinab bis zu jenem
Turm, der von den Wellen des Stroms umspült wird. Dort wähnte er sich vor seinen
unersättlichen Peinigern sicher. Doch Tausende von Mäusen krochen wiederum mit Gepfeife aus
alIen Wänden hervor. Vergebens erstieg er bebend vor Angst, stumm vor Entsetzen die höchste
Warte. Auch dahin folgten sie ihm, und heißhungrig fielen sie den unmenschlichen Spötter an.
Bald war nichts nichts von ihm übrig. So lautet die Sage von jenem einsamen Turm mitten im