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Cronicas-->O efeito limão. Dos bem amargos... -- 24/10/2008 - 09:33 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O efeito limão. Dos bem amargos...

Editorial do Instituto Federalista

http://www.if.org.br/editorial.php

Publicado em 22/10/2008.

Com a chegada da crise, bem mais do que as marolas previstas pelo Planalto, medidas estão sendo tomadas para que se evite os problemas que o efeito dominó proveniente de Wall Street possam causar. Percebeu-se em algumas noticias no mundo económico e financeiro, que várias empresas brasileiras teriam feito alavancagens com papéis, talvez indo além do hedge que serve para fazer proteção cambial, ou seja, para especular. Se isso aconteceu de fato, são empresas que não deveriam ser socorridas pela imprudência e ganància.

Ganància e ambição são coisas diferentes. E o foco de tais empresas jamais deveria ser outro que não o de sua atividade meio. Acionistas poderão processar os executivos por gestão temerária. Um dos aspectos graves é o Governo, a troco de não permitir que se gere desemprego e quebradeira, a exemplo do que está se fazendo nos EUA e na Europa, pagar a conta desse jogo. Com o dinheiro que não é dele, é dos pagadores de impostos, o Povo, uma vez que é sabido que governos nada produzem. Tais recursos vão ser utilizados para salvar bancos, corretoras, exportadoras, construtoras, empresas diversas.

Tratam-se de medidas discutíveis, é verdade, afinal, ninguém quer desemprego, quebra de empresas, a débàcle nacional. E o Governo, ciente disso, já baixou medidas que, se juntadas, dão um pacote de mais de R$ 200 bilhões. A par dessa discussão entre "keynesianos" e "chicago boys" (os que defendem que o Estado deve fazer quase tudo versus os que defendem um Estado mais leve, enxuto e menos dispendioso e interferidor) o que mais assusta é a radicalização dessa "ajuda" com a estatização de bancos, seguradoras, e até construtoras. A intransigente defesa do PAC tem explicação: eleições de 2010.

A crescente centralização do modelo de Estado Brasileiro deixou o Brasil inteiro muito mais permeável a qualquer crise, pois se fosse descentralizado com autonomias estaduais - tributária, legislativa, judiciária e administrativa - tais efeitos seriam, por certo, amenizados. E agora com a estatização de várias empresas do setor financeiro e até construtivo, e sabe-se lá o que mais virá, a título de "salvar a pátria", é simplesmente mais um grande perigo para a Nação. Há que se raciocinar que quanto mais poder e recursos nas mãos de qualquer governo, mais a mercê deste, sua população estará. Mais impostos para sustentar os novos cabides de empregos. Mais corrupção. Melhor parar por aqui...

POLICIA, MíDIA, BANDIDOS, MORTE.

A onda do politicamente correto e o exagero com que ativistas de Direitos Humanos agem no Brasil com pressões de toda espécie, é a grande culpada dos problemas que levaram à tragédia da jovem Eloá. Imprensa que não sabe seu papel, ou se sabe, avança sobre o bom senso, o comando da Policia demonstrou falta de firmeza e comando, deixando que a imprensa avançasse, a ação dos militantes fanáticos em direitos sempre se esquecendo dos deveres, e até a oferta de um diretor do São Paulo Futebol Clube para se apresentar para "ajudar" formou uma incrível sucessão de erros e falhas. Além da morte e dos feridos, o conceito do Brasil diante dos seus e do mundo ficou pior ainda. O politicamente correto causou a perda de referências, basta perguntar a opinião para qualquer cidadão e esta será diferente do que se propaga na mídia.

A cada acidente ou tragédia, por descasos, ou por sucessão de erros, como no caso do acidente da Gol, cujo bode expiatório eleito foi o jatinho pilotado pelos americanos - é mais fácil culpá-los do que assumir as falhas estruturais do controle de tráfego aéreo (até hoje ninguém disse se o avião da Gol tinha ou não radiocomunicador, pois se eles fossem comunicados, na falha de comunicação que se apresentou com o Learjet, o acidente teria sido evitado) percebe-se que, por mais boa vontade que muita gente tem, há mais gente ainda perdida, como "cegos em tiroteio". Não há um rumo definido, não há metodologia definida, com raras exceções, falta motivação, falta salário, falta equipamento, sobra politicagem. Coisas do centralismo que absorve os recursos e distribui problemas.

Mas desse limão, pelo menos, sai uma boa limonada. A felicidade - ou alivio, apesar da ocorrência - de receberem em doação dos vários órgãos que puderam ser aproveitados, o que poderá criar, ainda que por algum tempo apenas, uma onda de doações. Nesse sentido, insistimos com o tema do Idéias em Debate - doação ou venda de órgãos? Doação ou venda de sangue? Um adendo importante nesse debate é que o sangue doado muitas vezes é vendido por até R$ 1.500,00 a bolsa... isso é solidariedade?


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