O telefone tocou e do outro lado da linha, uma voz misteriosa, convidava-me para uma surubada na cobertura do prédio em que residia. E que tinha que ir como estava. Se demorasse, mais de três minutos, não entraria na festinha.
Chovia muito e já estava cansado da solidão. Como não era preciso levar roupas, não me preocupei, e fui de cuecas samba-canção. Não gostava delas, mas era como eu estava vestido.
Toquei a campainha e ouvi um coro de muitos amigos cantando os parabéns pelo meu aniversário. Foi uma comédia. Meu pinto doidão, estava duro, e ao adentrar na sala, ele saiu da cueca.
Foi uma sonora risada, que estou ouvindo até agora ao escrever esse episódio em minha vida.
O pior é que as crianças quando eu entro no elevador, olham logo para a minha vestimenta. Estou de mudança do prédio de tanta vergonha. Os amigos, disseram que era uma pegadinha e todos adoraram. Muitas mulheres desses amigos me olham com desejos. E como fiel as minhas amizades, acho melhor mudar de residência.