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cronicas-->O poeta e o monstro sem cabeça! -- 29/10/2008 - 08:25 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131420484093392700
O poeta e o monstro sem cabeça. (crónica)
Ana Zélia

Como todo mortal o poeta pensava possuir algo que o ajudasse a desenvolver seu trabalho, mais e mais. Alguém que pensasse mais que ele, fosse mais veloz que o vento, tempestades, um ser obediente ou um fiel escravo a quem ele não tivesse que alimentá-lo.
Cheio de "boas intenções", buscou no mercado algo que encaixasse em seus sonhos. Nos jornais algo o chamava atenção. Uma máquina com todos os predicados exigidos e até voz.
Foi assim que ele levou pra casa um Monstro sem cabeça, nome com que foi batizado.
Aqui começa sua desdita, o Monstro se iguala à esfinge do Egito, "ou decifra-me ou te destruo". Precisava o poeta da força de Édipo para decifrá-lo.
O ingênuo poeta pensava que a máquina tão falada, o gênio obediente fosse só ligada e o resultado de imediato. Qual nada, a máquina nem de longe se comparava a um gravador ou até mesmo um rádio. Carecia de um Operador, não precisava de médico, mas de alguém que tivesse recebido noções básicas de computação. Analfabeto no assunto, lá se foi o poeta de volta aos bancos escolares. Eram tantas escolas que ele pensou assim: Para decifrá-lo coisa que me parece difícil tem que ser uma boa escola.
__ Eu já sou Sucesso! Só necessito desvendar o mistério do monstro que tenho em casa. Parecia que tudo era difíciculdade. Por que pensava o poeta, para se ensinar algo a outrem, até mesmo aos animais precisam ser experientes, pacientes, pois, se para alguns as coisas são fáceis a outros nem tudo é assim. Pobre poeta já tinha dois mestres e a cada aula, as coisas ficavam mais complicadas. Mas ele é como pedra, ou melhor, como água, não desiste, um dia a máscara do monstro é retirada e ele vence.
Medíocre é quem não tenta ou desiste da luta no início do primeiro round. Descobriu os nomes do monstro.
HARDWARE- é toda sua parte física.
SOLFTWARE- é o combustível sem o qual ela não funciona. Em sua cabeça oca, acumula programas, tarefas e tudo o que o homem ordene. Mesmo assim, faltava o principal, o homem. Sem ele, graças a Deus a máquina não pensa... Continua oco e sem vida, como instrumento sem o artista.
O poeta já meio invocado com tudo aquilo, sentou-se frente ao monstro e com ar de poderio brada em alto e bom som:
__ Quem és tu obra do homem que se sente gênio num mundo tão frio, capaz de armazenar incontáveis fórmulas matemáticas e mesmo assim perdes um jogo de xadrez a um ser que só usa da inteligência e paciência?
Quem és tu que vez por outra "queimas o filme" dos incautos que se curvam aos teus desejos, caprichos?
Quem és tu que ousas "fechar a cara" quando és mais oco que o "Homem de Lata" em "Alice no país das Maravilhas", ele pelo menos tinha dentro de si um coração humano. Sabe monstro sem cabeça, o homem pode ser bobo, burro não. Você é igual a certos humanos que só querem venha a nós, vosso reino nada. Como dizia minha avó.
Tens duas memórias, a RAM que não consegue "coaxar" fora d´água. A ROM nem falar, só a lês naqul´hora.
Como os tolos pensas ser superior ao homem que te criou, mas meu amigo sem ele, és nada. Pobre máquina. Só tens valor no dinheiro.
A mim que busco nas letras o bálsamo para as feridas d´alma, és por enquanto um "Teorema" como certos humanos de difícil solução. Mas difícil meu amigo, é contrário de fácil, difícil é defunto retornar á vida, porque Lázaro se foi faz tempos, difícil é você não tentar nunca. Breve serás meu escravo, como o gênio de Aladim, porque apesar de toda a fanfarra que a propaganda diz ter. Ao poeta és nada...
Falta a ti a mão do gênio.

Primeiras noções de computação, 24.02.1996 - Manaus/AM
Ana Zélia.






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