NOSSAS VIDAS
Pequeno que sou,
quero aprender amar
o máximo que posso.
Aprender a conviver com teu viver,
de forma exatamente como ele é,
e não, do jeito que gostaria que fosse.
Sei, pois, toda e qualquer modificação em ti,
por mim induzida,
deixarás de ser tu,
ficando, portanto, maquiada, artificial,
enfim, do meu jeito,
mas sem jeito.
Quero sim que vivas, sempre viva,
sendo tu mesma e
diferente de mim, pois,
não quero ver em ti,
o que vejo em mim.
Quero aprender contigo,
o que não aprendi comigo e
poder ver nos dias de tua vida,
a vida dos teus dias e
saber que minha vida com a tua,
numa troca espontânea e recíproca,
de atitudes voltadas ao bem,
juntos, porém livres, possamos crescer,
cada qual sendo o que é,
sem deixar de ser o outro.
Quero afinal,
sem nunca chegar ao fim,
poder te amar,
sem exigências,
só por amar.
João C. de Vasconcelos
|