Noite solitária,
Um silêncio perturbador,
No escuro de teu quarto,
Um choro reboa,
Uma lágrima escorre.
Sentindo frio,
Sentindo medo,
Chora por causa
De um coração ferrenho,
Que assolou teu pensamento.
Idéias psicopatas
Embarafustam em tua cabeça.
Arrependimentos e vinganças
Se acumulam.
Ódio e pavor,
Dois sentimentos perigosos.
No escuro,
Uma chama se acende,
São teus olhos,
Rutilantes, vivos,
Ameaçadores.
Agora, possuído,
Altaneiro e convencido.
Andando por plagas escuras,
Mensageiro malvado
Tornou-se.
Desde eras passadas
Ronda pelo mundo,
Setuplicou-se, esparziu-se.
Com facilidade,
Torna-se um parasita.
Entra em nossas mentes,
Interrompe nossos bons pensamentos.
São tuas sete faces
Nossos piores pecados.
Por mais que queremos,
Não podemos detê-los.
Os fazemos,
Alguns os veneram.
Tornou-se árbitro de nossas vidas,
Tornou-se dono de nossos destinos,
Tuas faces são nossas faces,
Tua revolta se tornou nossa.
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