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Artigos-->Cap. 14: Aprígio chora a morte de Zé da Banguela -- 14/04/2003 - 22:18 (Tobby Teófilo Teobaldo Túlio Tyler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Assim que chegou ao Rio, Aprígio correu direto para o hospital onde Zé da Banguela estava internado. Com sua bagagem a tiracolo e com a roupa amarrotada pela longa viagem, passou a noite toda no corredor que dava acesso à UTI. Pela manhã foi acordado por uma funcionária do hospital, que trazia notícias não muito animadoras de seu amigo.



Por volta do meio-dia, o coração de Zé da Banguela parou de bater. Não resistiu aos ferimentos provocados pelos tiros. Imediatamente Aprígio providenciou o traslado do corpo para a terra natal de Zé, a longínqua Caruaru, no interior pernambucano. Ambrósio, o comerciante amigo meu que mora no Rio, ajudou-lhe com o que pôde.



Falei com Aprígio naquela noite. Estava muito cansado da viagem e abatido com a perda inesperada do seu companheiro de guerra. Perguntei quando iria voltar para casa, e ele me respondeu que dali a dois dias. Ofereci-lhe ajuda, mas Aprígio disse que não seria necessário, porque o dinheiro que trouxera do Iraque para fundar a primeira a EFA - Escola de Filosofia Aprigiana seria mais do que suficiente. Como já havia dito ainda no Iraque, com a morte de Zé decidiu não tocar em frente mais esse projeto.



Sondei se Aprígio havia conversado com Zé sobre D. Juçara e o provável relacionamento que tiveram na juventude. Por certo não chegaram a falar sobre o assunto, o que me deixou bastante preocupado.



No dia seguinte fui até a casa de D. Juçara para contar-lhe sobre os últimos acontecimentos. A reação dela foi, no mínimo, curiosa. Num primeiro instante pareceu indiferente à morte de Zé da Banguela. Porém, quando já me preparava para ir embora, ela segurou-me pelo braço e falou com a voz trêmula: “José Geraldo jamais valeu um vintém furado. Era ignorante, pobre, mal educado e vigarista. Mas tinha os olhos verdes mais lindos que eu já vi em toda a minha vida”. Por pouco não lhe perguntei se Aprígio era, de fato, filho de Zé da Banguela. Entretanto achei melhor deixar esse assunto para uma outra oportunidade.



Já em casa, recebi um telefonema de Aprígio dizendo que chegaria no outro dia, num vôo da Varig. Perguntou se eu poderia apanhá-lo no aeroporto às seis horas da tarde. Respondi que sim e fui deitar-me, ainda inconformado com o triste fim de Zé da Banguela.



!!Próximo Capítulo: “D. Juçara conta a Aprígio a verdade sobre Zé da Banguela”



//Fale com Aprígio: aprigio2003@bol.com.br

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