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Cronicas-->SEM ALMA -- 02/11/2008 - 21:10 (Maira Cervi Marques Fernandes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Somos frágeis, indefesos, inseguros humanos tentando levar a vida. Diante dela, somos pequenos seres sobrevivendo às adversidades. A cada novo dia, um desafio. Só contamos com a criatividade, que nos conduz a encontrar as soluções para resolver parte dos nossos problemas. Buscamos o tempo todo por explicações que muitas vezes ficam sem respostas, buscamos sensações de prazer, o sentido das coisas, justificativas que nos fazem continuar vivendo.
Somos fracos de saúde, de caráter, de afeto, de espírito. Vivemos na corda bamba, em cima do muro, por um fio. Agredimos-nos diariamente com pensamentos, culpas, mágoas, sentimentos ruins. Destruímos-nos aos poucos com comportamentos desajustados, sem propósito. Somos um depósito de lixo, de coisas que poderíamos ter jogado fora, mas que carregamos insistentemente por toda a vida.
Estamos sempre sujeitos à alguma coisa, à alguém, à vida. Deixamos-nos abalar até pela brisa, como se fóssemos folhas secas espalhando-se no outono. Num movimento desgovernado, desajustado e incompreendido.
Pedimos socorro ou ficamos calados. Na ànsia e no desespero de sobreviver, tornamo-nos ansiosos, temerosos e raivosos. No isolamento e no silêncio, tornamo-nos deprimidos e infelizes. Na negação ou na alienação encontramos a paz tão procurada. A felicidade está na capacidade de alienar-se diante da vida. O sucesso está na ignorància do fracasso. O pensamento, a consciência da vida e de si mesmo nos torna impotentes e incrédulos.
Precisamos recorrer às fantasias, à imaginação e criar um mundo onde possamos viver com dignidade, mesmo que seja artificial. Vendamos nossos olhos e ficamos insensíveis às crueldades da vida. A cada bala perdida, a cada notícia no jornal, nos vacinamos do sofrimento e distanciamo-nos cada vez mais de tudo isso. Assim sobrevivemos às angustias e decepções do dia-a-dia.
Compramos sonhos com cartões de crédito, suprimos nossas frustrações consumindo demasiadamente. Uma busca compulsiva para o alívio da ansiedade, que se acalma temporariamente. A ilusão é a nossa droga diária. Precisamos de remédio para dormir e de bebida pra relaxar. Precisamos ser aprovados e aceitos o tempo todo, por todo mundo. Precisamos mostrar nosso sucesso, nossa alegria, nossa vida bem sucedida. Só não mostramos a alma, porque a perdemos por aí.
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