Atordoado de Pixinguinha,
Desci a ladeira descalço.
Assoviando chutei pedras e latas
Sangue no dedão do pé.
Caminhos que não percorri,
Mas deixei o solo marcado.
Esquinas malditas
Que teimam em não se revelar.
Música de não sei que dimensão,
Tocando em meu coração
Com a agonia dos criadores.
Porque estou nesta estrada?
Com as feridas abertas,
A alma em desespero,
Procurando as harmonias
Desta música satânica
Que transborda de sentimento
Este farrapo de Lamento,
Mendigo de toda a beleza,
Carinhoso,
Como Naquele Tempo.
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