Sei que enfrentarei retaliações. Mas peço aos amigos leitores que desconsiderem o fato de eu ser paulista. Não é o caso de bairrismo. Fernando Henrique é carioca. Lula, pernambucano. Roberto freire, também. Ciro Gomes e Tasso Jereissati, cearenses. Votei em alguns deles ou ainda preservo uma admiração espontânea por outros. Portanto, não se trata de um manifesto contra o povo mineiro. Mas Itamar Franco não passa de um populista maluco, sedento de poder, que adora chamar a atenção para si, sem se importar com as conseqüencias de sua retórica e de suas atitudes. Um irresponsável, para resumir. Simula um nacionalismo falso. É egocêntrico. Egoísta. Mal resolvido sexualmente. Vingativo. Frustrado. E tem um mal gosto tremendo, em se tratando de corte de cabelo. Como confiar a condução do país a um governante rebelde? Não um rebelde de verdade, compromissado com o bem-estar da população, tal qual Valeska (acho que é assim a grafia do líder polonês) ou Castro. Ou Malcom X e Luther King. Mas sim um homem que, tendo sido alçado ao comando do Brasil por uma intempérie política rara, não pôde usufruir pelo tempo que desejava, do poder. Posso estar errado, é certo. Talvez não tenha conhecimento político suficiente para julgar as ações desse cidadão. Mas tenho certeza de que suas atitudes insensatas não têm a ver com os cargos que ocupa ou que pleiteia. A não ser que o caro leitor seja favorável a exercícios de guerra regionais (ridículos, nas imagens que vimos na TV). Ou à insubordinação à Constituição Federal. Ou à manutenção da estatização de serviços em que o capital é fator primordial ao desenvolvimento - como no caso da Informática, que no período em que esteve monopolizada, freou o desenvolvimento nesta área científica tão imprescindível para a democratização do conhecimento...
Se Itamar quiser continuar falando em nome do povo mineiro, com suas propostas esdrúxulas, que assim seja! Se Minas se considera fora do Brasil, que vote nele. E que lance um concurso para o nome da capital da nova república infiltrada no coração do país! Minha crença é de que o povo mineiro é muito mais importante do que o topete do Itamar. Queira Deus que eu esteja certo.
