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Artigos-->Um toque de esquerda -- 18/04/2003 - 20:16 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um toque de esquerda

Athos Ronaldo Miralha da Cunha





Quando fazemos uma análise política ou uma dissertação ideológica exercitamos nossa compreensão dialética do momento histórico. Colocamos em tela nossa visão e posicionamentos nas mais variadas questões dentro dessa conjuntura. No século passado vivemos a dualidade da guerra fria. Se não compreendemos como avança a humanidade – o que não quer dizer que eu compreenda – e no afã de interpretarmos os momentos históricos, acabamos ressuscitando a polarização capitalismo e socialismo. E isso mexe com nossos pensamentos utópicos ou não, capitalistas ou não.



O Brasil, particularmente, vive um momento histórico inusitado e interessante.

Há um governo eleito com uma plataforma de esquerda. Como também há um governo que nos acena com reformas que o neoliberalismo não conseguiu fazer. E isso nos preocupa. Entretanto, não devemos tratar ideologicamente ações de governo. Se “ideologizarmos” as propostas de reformas políticas, o governo não governa. É difícil julgarmos as proposições de um governo sem escaparmos do enquadramento de direita e esquerda.



Um exemplo prático: Quando serve para direita achincalhar a ideologia de esquerda o governo Lula é de esquerda. Equipara todos os governos, ditos de esquerda, com o atual governo do Brasil. Agora, quando é para criticar o Lula, principalmente na composição e nas políticas de governo, o Lula “endireitou”.



Particularmente parto do princípio que a esquerda tem a responsabilidade pelo e sobre o governo brasileiro. É o maior partido de esquerda da América que está no poder político no Brasil. Embora todas as suas idiossincrasias. Com Meirelles ou sem Meireles, com Sadia ou sem Sadia, a esquerda é poder.

Mas sempre haverá alguém perguntando: E os ministros burgueses? E o presidente do BC? Como será a autonomia do Banco Central?

Buenas! Aí temos que analisar a política de governo. Serão conservadoras, transformadoras ou simplesmente reformistas? Ainda acho prematura as críticas ao Lula, entretanto considero algumas reformas com um encaminhamento preocupante.



Quando alguém com clareza, argumento e exercício dialético, compõem críticas severas e contundentes ao governo de Lula, compreende-se e aceita-se, afinal estamos numa democracia participativa. Há o direito a critica e a contra-argumentação. O que é inaceitável é fazer-se uma crítica genérica, descabida e desproporcional (de uma direita raivosa e sectária e que não consegue viver em um Estado democrático de direito) rotulando a esquerda como uma só. Um bloco monolítico. Coisa que a esquerda, definitivamente, não é. Haja vista os críticos do governo Lula no Parlamento. Se não são os próprios parlamentares do PT?

Há a esquerdalha night? Há. E daí? Que haja. Façamos o contraponto com argumentos é para isso que as palavras servem.

Palpiteiros e palpites sempre haverá. Vez por outra aparecem “respeitáveis” aberrações quase-ideológicas. Entretanto, devemos conter nosso ímpeto frenético e contermos verbo.



O que devemos identificar no governo e nas propostas de governo é a ação com responsabilidade. Ou será que teremos que fazer, irresponsavelmente, a estatização do Sistema Financeiro? Ou rompermos em definitivo com o FMI? Como já vi escrito por aí.



Há quatro mandatos o PT é governo em Porto Alegre e em vários municípios pelo Brasil. O PT aprendeu a ser governo. O PT em seus 22 anos amadureceu e chegou a Presidência do Brasil. Coisa que, por exemplo, o trabalhismo liderado por Brizola não conseguiu. Se o PDT e demais partidos oriundos de base popular não conseguirem fazer a compreensão histórica desse momento, infelizmente, ficarão ao largo dos acontecimentos. Ficando na crítica pela crítica.

É sabido que o Brasil necessita de reformas, principalmente as de cunho social, e a sociedade organizada precisa fazer valer sua força. Pois, o Brasil e o mundo avançam com seus acertos e erros, com suas guerras e apelos de paz e nós não podemos ser meros expectadores desse filme em tempo real.









Pra não dizer que não falei das flores... E de Cuba



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