Ao som de um bolero
Helena Kluiser
Sentada, lendo, reflito.
O som do carrilhão do relógio me faz divagar.
Penso no passado, num mundo mais devagar.
Onde as mulheres sabiam se fazer respeitar.
Onde os homens cediam o seu lugar.
Onde a sedução era um simples olhar,
Um roçar de mão, fazia a nuca arrepiar.
O celular toca, volto ao presente, não sem pesar,
Pois lembro que hoje os homens não sabem mais cortejar.
E, nós, mulheres, não sabemos mais conquistar.
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