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Artigos-->LIBERDADE E LIBERTAÇÃO -- 19/04/2003 - 09:35 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
LIBERDADE E LIBERTAÇÃO



Tendo Jesus afirmado: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, coube a Pilatos, embora noutra ocasião e circunstâncias diferentes, a pergunta: “O que é a verdade?”. Entretanto, não esperou pela resposta e saiu apressado para falar com os judeus amotinados em frente de seu palácio.



Costuma-se dizer que o ser humano é livre, o que deve ser entendido tão só como dotado de livre arbítrio para fazer constantemente múltiplas escolhas, as quais redundam em apenas duas: seguir o caminho da libertação, que é um processo doloroso e demorado, ou deixar-se levar pela inércia e aí permanecer escravo dos vícios e paixões inerentes à sua natureza.



O caminho da libertação abre-se à nossa frente em qualquer lugar e situação que nos encontramos, por isso tudo o que nos acontece de aprazível ou apavorante é conseqüência de erros e acertos, consistindo também em novo indicativo da verdadeira via. Resta-nos apenas saber identificar, nas circunstâncias, a chama ardente que, ao mesmo tempo em que nos abrasa e queima, também nos ilumina o caminho reto a ser seguido, ao final do qual não somente seremos totalmente iluminados, como ainda nos integraremos inteiramente na Luz Absoluta, ponto culminante da plena libertação.



O que acabo de afirmar é fruto da própria experiência, e embora não seja eu um mestre em assuntos espirituais, penso que em parte já vivo nessa “via-cruz” (e a busca da verdade, uma vez iniciada, é um caminho sem retorno), lembrando sempre das palavras do Redentor: “Quem quiser me seguir, negue-se a si mesmo e tome a cada dia sua cruz.”



A título de ilustração, transcrevo um texto, um tanto condensado e readaptado para melhor compreensão, extraído das palavras de Roger Godel e de Roshi Shibayama, místicos de religiões orientais, mas que está plenamente de acordo com o que também ensinam os mestres da espiritualidade cristã, no ocidente.



“Quando a energia vígil se afasta das estruturas superficiais do ego, para ganhar as regiões centrais, o equilíbrio da psique ameaça romper-se. No inconsciente, os arquétipos, providos de relativa mas poderosa autonomia, fissuram o ambiente e a personalidade sofre o suplício do desfacelamento. Eclodem tendências esquizofrênicas, que levam o indivíduo a pressentir a morte do ego, primeiramente por sua dissociação. Estranhos pânicos submergem a consciência, expressando-se em símbolos de um psicodrama, onde ocorrem terríveis contestações e absurdas contradições, que o iniciado deve encarar, enfrentando sua nulidade, tendo de passar por todos os sofrimentos denominados “carma inevitável”. Deverá descer profundamente dentro de si mesmo, ir além da última extremidade de si próprio e desesperar-se como quem não tem possibilidade alguma de ser salvo. O que se chama “Vazio” em si surge dessa experiência, a mais dolorosa de todas desse abismo de desesperança e agonia, que só conduz para baixo, corpo e alma, perante o Absoluto. A recompensa de tão dilacerante calvário é a realização do ser, agora redimido por um novo nascimento.”




BENEDITO GENEOROSO DA COSTA









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