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Cronicas-->Os estudos do Van Grogue -- 25/11/2008 - 19:58 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os estudos de Van Grogue


Van de Oliveira Grogue resolveu estudar. Considerava sua vida até aquele presente momento bastante monótona. De fato, crianças não eram seu forte. Ele não tinha mesmo jeito para babá, e que a contenção daqueles infantes, a partir daquele momento, fosse feita pela concubina.
Então o nosso amigo, deitando-se naquele seu sofá um tanto quanto que puído, abrindo o livro antes retirado da estante, pós-se a folhea-lo com algum interesse.
O primeiro texto que lhe apareceu foi sobre uma planta que havia no terreno baldio existente defronte sua casa. Era a guiné. Como não sabia o que era aquilo, passou a ler atentamente o texto que dizia assim: "guiné. Do topónimo Guiné. 1. Brasileirismo. Botànica. Planta da família das fitoláceas (Petiveria Tetranda) erva-pipi, tipi, tipu, tipuana. 2. Brasileirismo. Pernambuco. Zoologia. V. galinha-d´angola".
Prosseguindo com mais atenção, Van lia com voz murmurante: "Guiné-Bissau situada na costa oeste da África, tem rios navegáveis e litoral pantanoso. É um país pobre e depende da ajuda externa. A maioria dos guineenses vive da agricultura de subsistência, enfrentando secas e doenças infecto-contagiosas. A população é formada por diferentes grupos étnicos. A elite é composta por uma minoria de descendentes de portugueses que ocupa cargos públicos. Além das crenças tribais, o islamismo desponta entre as religiões do país.
Sua história está ligada à do arquipélago de Cabo Verde, outra ex-colónia portuguesa. O domínio português começa no século XVI, quando habitantes de Cabo Verde estabeleceram uma vila às margens do rio Cacheu. A nação é usada, então, como base para o tráfico de escravos. Ao longo dos séculos seguintes, a região foi palco de várias revoltas pela independência. Em 1956, o intelectual cabo-verdiano Amílcar Cabral funda, no exílio, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Em 1961, o PAIGC inicia guerrilhas e, em 1972, controla dois terços do país. Cabral é assassinado em 1973. No mesmo ano, os guineenses proclamam a independência, reconhecida pelo governo português em 1974. Luis Cabral - irmão de Amílcar - assume a Presidência e institui um regime de orientação marxista liderado pelo PAIGC, o único partido legal. O governo de Cabral herda um país devastado. Erros económicos do governo provocaram a escassez de alimentos. Cabral é deposto em 1980 por um golpe de Estado chefiado pelo general João Bernardo Vieira, um veterano do partido. O golpe sela a separação entre o PAIGC da Guiné-Bissau e o de Cabo Verde, abortando o processo de unificação dos dois países, que rompem relações, somente reatadas em 1982.
O processo de transição para a democracia começa em 1990, sob a influência do colapso do comunismo no Leste Europeu. Em maio de 1991, o PAIGC deixa de ser partido único. Dissidentes do partido governista formam o Partido da Renovação e do Desenvolvimento (PRD), de oposição. Como parte das reformas, a pena de morte é abolida em 1993. Apesar do clima de abertura política, o governo adia as eleições até julho de 1994. O PAIGC obtém maioria na Assembléia Nacional (62 das cem cadeiras) e Vieira elege-se presidente, vencendo com 46,29% dos votos. Manuel Saturnino da Costa (PAIGC) é indicado para primeiro-ministro. Em setembro, Guiné-Bissau dá início a conversações com o vizinho Senegal para equacionar a questão da fronteira, objeto de disputa entre ambos. O país adere, em janeiro de 1997, à zona franca União Económica e Monetária do Oeste Africano.
Em julho, o presidente João Bernardo Vieira visita o Brasil durante quatro dias. Os dois países assinam um acordo de cooperação técnica, outro na área de turismo e um terceiro de ampliação do número de bolsas de estudo".
Por ter lido tanto, mas tanto, como nunca lera antes em toda sua vida, nosso amigo Van sentiu-se cansado. E conforme era costume seu, não havia lugar melhor para descansar do que num bom boteco, ao lado de amigas bem-falantes e cerveja.


Fernando Zocca.
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