Zé de Carmosa em viagem à Brasília para participar de um treinamento promovido pelo Banco do Brasil, na condição de alto funcionário daquela instituição onde desempenha a função de ajudante do substituto eventual do encarregado auxiliar da expedição do malote. No vôo senta-se ao seu lado um elemento cheio de finesse falando nos esses. Dirigi-se a Zezinho num tom de deboche e pergunta: Sei que você é adepto ao frio e trabalha num ambiente climatizado? O bancarinho pensa lá com seus botões, “na sala do almoxarifado tem um ventilador, e, é lá que passo todo o meu tempo” então responde:
- Meu local de trabalho é um gelo só. Muitas vezes penso que estou no pólo norte.
O individuo investe novamente com a intenção de rebaixar o barnabé. Meu amigo. Bebo socialmente, sou apreciador de vinhos de safras antigas de origem européia e quando se trata de wysk somente os acima de doze anos. O nobre companheiro também aprecia um destilado?
Esta foi fácil, Zezinho respondeu na bucha. Traço vinho, São Francisco, Padre Cícero, São Braz e tal Santa felicidade, whisky também bebo grandes marcas, como DRURYS, OLD EIGHT, WALL STREET, NATUS NOBIS, TEACHERS, o cearensinho não fica por baixo.
O malvado dá o golpe de misericórdia. Baixinho você já comeu caviar? Foi o fim, Zezinho procurou uma saída pra se safar, mas não encontra. E responde: não comi, não conheço e nunca ouvi falar em tal decomer com este nome.
Chegando à Corte, Zezinho procura um amigo pra saber o que é caviar. Quando descobre a composição do prato, fica muito puto e explode. Ah! Se eu adivinho. Tinha dito para aquele fila de uma égua que peixe lá em casa minha mãe dá é pros gatos e as ovas, pai dá pros porcos.
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