Esquemas novos para velhos crimes
O deputado estadual Tendes Trame, a vovó Bin Latem, o prefeito de Tupinambicas das Linhas Jarbas o caquético, Célia Justinha, Luisa Fernanda a carimbadora burocrática, e outros demais membros integrantes da seita maligna do pavão louco, reunidos em torno da piscina da última, pretendiam traçar um plano que lhes traria alguns milhões de reais de propriedade da riqueza pública.
Os quadrilheiros tinham na consciência que não seria fácil engodar os cidadãos já preventos das malvadezas do bando instalado no poder municipal. Mas tinham ao seu lado o JP, Jornal da Prefeitura, que lhes garantiria, no mínimo, 20.000 desculpas diárias, por séculos seguidos, se necessário fosse, caso não conseguissem safar-se ilesos com as fortunas pretendidas.
O esquema proposto por Tendes Trame era o usual da corja quando se aboletava no poder: as licitações fraudadas de obras, que com muita divulgação no JP -Jornal da Prefeitura- agitariam a urbe pacata. Afinal a cidade parada do jeito que estava, precisava, antes de tudo, de assuntos que lhe revolvesse o marasmo reinante.
Quando ladrões profissionais assumem o controle de uma cidade, de um estado, torna-se bastante dificultoso para seus adversários impedir o uso das verbas públicas, em proveito de causas que não sejam comuns, que não beneficiem a população.
Pois quando algum grupo assassino, desse tipo, adquire o comando político, pode sentir-se tão à vontade, sem receio de punição, que o pagamento das despesas das ações objetivando fins particulares, pode ser feito como se pagassem obras sociais ou beneficiárias dos eleitores.
A índole do político tupinambiquence não fugia do temperamento comum observado nos criminosos irrecuperáveis. Sabia-se que as pessoas ocupantes dos cargos públicos eletivos da cidade não tinham obtido muito sucesso em outras áreas de atuação, restando a política onde, Ã semelhança das curvas dos rios, só parava o lixo.
Muita gente considerava o prefeito de Tupinambicas das Linhas um fajuto e quase ninguém discordava que atos e ações dos fajutos, fajutagem eram. Todos da cidade sabiam, o fato foi amplamente divulgado pelo JP -Jornal da Prefeitura- que antes das eleições, Jarbas o ignominioso, passaria por uma cirurgia por meio da qual lhe extrairiam o testículo direito acometido pelo càncer.
Mas qual não foi a surpresa do eleitorado quando soube, por intermédio do vice-prefeito, que bêbado numa festa de arromba, dera com a língua nos dentes contando o segredo do alcaide, consistente na simulação de cirurgia para comover o eleitorado com aquela sua carinha de enfermo.
A semelhança entre ladrões de bancos, de herança, e dos cofres públicos está na disposição de negar a existência de outros titulares do direito, tornando próprios, como se deles fossem, as tais coisas alheias móveis.
A diferença entre os ladrões de bancos, de herança e dos cofres públicos, pode estar na forma como os espertos agem. Afinal os ladravazes de herança ou de bancos, não precisam ser eleitos para se apropriarem das fortunas.
O deputado estadual Tendes Trame, a vovó Bin Latem, o prefeito de Tupinambicas das Linhas Jarbas o caquético, Célia Justinha, Luisa Fernanda a carimbadora burocrática, e outros demais membros integrantes da seita maligna do pavão louco, reunidos em torno da piscina da última, resolveram adiar a reunião daquela noite em virtude das chuvas fortes que caíram na cidade. Não esperavam os malfeitores que a tempestade causaria tantos danos do jeito que causou.
|
