Sol e Janela
Jane Lagares
O sol que entrou pela janela,
num desses dias claros,
rompeu a escuridão,
freiou o sono,
clareou o sonho.
Errei o rumo,
caí no nada,
embarquei sozinha,
pura,
como puro, é o sentir.
somos todos assim:
mistos de nós mesmos,
mesclados por outras pessoas,
sem saber exatamente o que é.
Quais olhos farão os meus verem,
que verão os meus?
Não sei.
Ninguém sabe.
E, o sol continua iluminando cada dia,
apenas e linda vida.
Maravilhosos viventes,
cheio de diversidades,
de encantos,
de tristezas,
chuvas e raios,
de risos,
de lua intensa,
-todas as fases dela-
estrelas novas,
velhas estrelas,
de tanto sol,
brilhando na vida.
Até o próximo sol na janela.
Brasília, abril - 16 de 2001
|