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Artigos-->Cap. 20: As aventuras amorosas de Anabella – 3ª parte -- 22/04/2003 - 23:48 (Tobby Teófilo Teobaldo Túlio Tyler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Após passar uma tarde inteira com um “filhinho de papai” que só queria saber de tomar whisky e cheirar pó, e que a muito custo lhe pagou pelos seus serviços, Anabella chegou em casa exausta disposta a cair na cama e só acordar no outro dia. De banho tomado, usando apenas uma toalha enrolada na cabeça, caminhou até a cozinha a fim de preparar alguma coisa para comer.



Já sentada à mesa para apreciar o risoto de frango que sobrou da noite anterior, ouve seu telefone celular tocar uma melodia que identificava um dos clientes que mais respeitava e admirava. Era Dr. Adriano, um velho político fisiológico ainda na ativa – tanto profissional quanto sexualmente falando - com quem Anabella mantinha um relacionamento de longa data, e de quem recebia os cachês mais generosos, além de conselhos que para ela eram de grande serventia.



A admiração por Dr. Adriano era tanta, que uma hora e meia após o telefonema Anabella já estava em sua companhia em um dos motéis mais luxuosos da cidade. Fazia quase dois meses que os dois não se viam, o que provocou uma cena comovente no momento em do reencontro: ambos choravam e se beijavam efusivamente, como se não se vissem a meses.



Sangue de italiano na veia, o político era dado a este tipo de demonstração de afeto para com as pessoas mais chegadas, porém quase nunca era correspondido à altura, fato este que lhe deixava profundamente magoado. Talvez por isso gostasse tanto da sensibilidade jovial de Anabella.



Para um homem de setenta anos, Dr. Adriano era um amante dos mais concupiscentes, ou, como a própria Anabella dizia, “um homem que hoje não existe mais: bom de cama, carinhoso, generoso e rico (não necessariamente nessa ordem)”.



Como de costume, Anabella começou a noitada fazendo um “streap tease”. Vestida com um conjunto lilás, de óculos (sem lentes), salto alto e com os cabelos presos por uma tiara, ela foi vagarosamente se despindo ao som da música favorita do Dr. Adriano: Adágio, de Albinoni. Primeiro desfez o coque com uma das mãos, ao passo que a outra tirava de forma brusca os óculos que propositadamente lhe dava uma aparência de mulher séria e bem comportada. Depois foi a vez do “blazer”, seguida da saia e dos sapatos.



Já de espartilhos, calcinha e sutiã, a bela “streapper” começou a simular posições sexuais das mais diversas, jogando-se, de quatro, na cama tal qual uma aranha, para, em seguida, permaner imóvel com a bunda a um palmo da cara do velho que, àquelas alturas, masturbava-se. Beijando o glúteo da moça, ele levantou-se imediatamente e foi direto ao banheiro preparar-se para o tão aguardado coito.



Do bolso de seu pijama de seda, Dr. Adriano retirou duas caixas. Uma, de preservativos alemães, segundo ele os melhores do mercado, porque além de serem mais finos eram tão ou mais resistentes do que os concorrentes nacionais. A outra caixa, na sua ótica bem mais preciosa, continha as famosas pílulas azuis que ajudavam-no a manter-se ereto durante a penetração. Ingeriu um daqueles comprimidos e encaminhou-se em direção à cama, carregando consigo as camisinhas “made in Germany”.



No leito do enorme e luxuoso quarto de motel, Anabella o aguardava com as suas pernas totalmente abertas. Adepto do sexo oral – e ela já sabia disso - Dr. Adriano retirou com uma impaciência juvenil a mão da moça que fricciova a própria genitália, colocando nela a sua língua úmida e desavergonhada. Durante mais de meia hora, ele conseguiu, só com a boca, levar a jovem amante ao orgasmo por várias vezes, enquanto aguardava pacientemente que o remédio cor de anil começasse a fazer efeito.



Já com o pênis em condições de penetração, colocou Anabella de quatro, fazendo com que abrisse ligeiramente as pernas. Com o dedo indicador, verificou que a vagina estava no ponto exato para ser varada, começando, assim, um vai-e-vem incessante, acompanhado de tapas na bunda, puxadas de cabelo e de gemidos eufóricos.



Quinze minutos depois lá estavam os dois deitados olhando para o teto espelhado do quarto, ainda recuperando-se do esforço a pouco desprendido. Sem sair da cama, Dr. Adriano alcançou a sua calça pendurada em um cabide próximo à mesinha de cabeceira, e dela retirou um talão de cheques e um bolo de notas de cem reais. Com o cheque saldou as despesas da farra, que chegaram próximo aos dois mil reais. Já com as cédulas pagou os serviços da sua querida Anabella, que as guardou imediatamente na sua bolsa, qual era a confiança que depositava naquele homem.



Mais tarde, já em casa – e agora com o seu aparelho celular desligado – deitou-se exausta na rede posta na sala do seu pequeno apartamento. Quando já cochilava, acordou-se com um barulho de moeda vindo do seu quarto. Lá chegando, deparou-se com uma cena apavorante, que vinha se repetindo há alguns meses.



Zanata, segundo Anabella um ex-namorado agora metido a rufião, mexia em sua bolsa à cata de dinheiro. Vendo toda aquela grana que Anabella tinha acabado de receber pelo programa do Dr. Adriano, o rapaz não titubeou. Levou consigo quase todos os cinco mil reais ganhos pela prostituta naquela ocasião.



Aparentemente satisfeito com o que tinha em suas mãos, Zanata, antes de sair, ainda jogou na cara de Anabella três notas de cem reais, exigindo, em tom de ameaça, que ela lhe trouxesse, dali a três dias, um outro apurado tão bom quanto aquele. Encurralada, só restou à moça deitar na cama, tomar alguns comprimidos para dormir e chorar copiosamente enquanto o sono não vinha.



!! Próximo Capítulo: “As aventuras amorosas de Anabella – 4ª parte”



// fale com Aprígio: aprígo2003@bol.com.br

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