Curiosa situação: de um lado, julgávamos desde os tempos da fundação da Petrobras na década de 1950, que o petróleo era nosso. De outro, alguns grupos de arruaceiros contestam essa percepção e pretendem impedir a exploração de um recurso que julgávamos nosso.
Começa hoje a 10ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo. Espera-se a participação de 18 empresas estrangeiras e 30 grupos nacionais na licitação de 130 blocos terrestres, em sete bacias sedimentares. Junto com representantes dessas empresas também estão "participando" da licitação sindicalistas, membros do MST e da Via Campesina.
Os membros da Via Campesina são conhecidos. São basicamente destruidores e inimigos da ciência e do progresso: destruíram as sementeiras da Aracruz no Rio Grande do Sul, pondo a perder vinte anos de pesquisas com espécies adaptadas ao Rio Grande. O MST é por demais visível para necessitar que se lembrem seus objetivos: pretendem simplesmente abolir a propriedade privada no campo brasileiro. Seus métodos são o do terror.
Desconheço o que levou sindicalistas a acompanhar esses dois grupos terroristas na invasão da Petrobras. Afinal, o governo federal é um governo de sindicalistas e deveria haver diálogo entre eles. Como dizia Glauber Rocha, "não me peçam coerência, meu processo é dialético".
O que todos eles têm em comum é o fato de serem sustentados por ONGs custeadas com recursos dos contribuintes. E todo esse povo, depois de tumultuar a superfície de nosso país, pretende agora manter para sempre o petróleo debaixo da terra. É de dar inveja, no atraso, aos talibãs do Afeganistão.