Análise escrita por Ulisses Alfredo dos Santos Lima, em 18/12/2008.
"A lei é o que se vê e o que não se vê" Frédéric Bastiat.
Sou um amante da natureza, mas não sou um ecochato. De todas as árvores a que mais gosto é a araucária, símbolo do Estado do Paraná e que lembra muito o símbolo do Movimento Federalista, o qual, com muita honra, faço parte.
No Brasil temos uma lei que proíbe o corte das araucárias e isso - no primeiro momento - parece que é a salvação das araucárias. Mas na realidade é a morte das araucárias no longo prazo, pois se não podemos cortar, ninguém irá plantar - com raríssimas exceções. No sul do país podemos ainda ver algumas araucárias adultas, mas é muito raro encontrar uma ainda pequena. Pode se tornar uma grande dor de cabeça para o proprietário do imóvel no futuro, pois é muito complicado conseguir autorização do governo para cortar para construir.
Como ensina Bastiat em seu livro A Lei, quando nossos legisladores implantam leis que a princípio servem para um determinado objetivo, no fim pode-se estar criando um antídoto totalmente desfavorável a que inicialmente foi proposto.
Vivemos em um planeta em eterna evolução darwiniana e que espécies que não são flexíveis à s mudanças e que não se adaptam tendem a ser extintas. Como vários exemplos na história.
Um deles é o urso panda, que se alimenta 11 horas durante o dia e dorme outras 13 horas. Quando chega o tempo de acasalamento, qualquer trovão no dia fértil da fêmea já é um pretexto para os dois não aproveitarem para perpetuação da espécie.
O que poucas pessoas entendem - principalmente a maioria dos ecologistas e burocratas do Estado - é que para salvar espécies de árvores e animais temos antes de tudo criar uma função económica para elas. Alguém já imaginou se a vaca, a galinha, ou mesmo o coelho em ameaça de extinção? Só isto basta para que as pessoas e também as empresas comecem a plantar novamente araucárias. E que façam o mesmo com animais em extinção.