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cronicas-->Tem que trabalhar! -- 24/12/2008 - 08:31 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tem que trabalhar!



Vivemos num tempo em que bancos poderosos, dispensando milhares de funcionários, pedem ajuda financeira aos governos. Passamos por um período no qual empresas tradicionais da indústria automotiva, vendo-se em dificuldades, rogam dinheiro às administrações públicas.
E apesar disso, de ser notória a noção de que emprego não é fácil de encontrar, quando diante do assunto adolescentes, ainda nos surge o veho discurso "tem que trabalhar".
Nem sempre o verbo trabalhar implica em relação na qual alguém mais antigo, com equipamentos e instalações, disponibiliza espaço para ações de outrem, mediante o pagamento de salários.
O açulamento "tem que trabalhar" poderia ser substituído pelo "aprenda a fazer alguma coisa". A consciência de que ignoramos a técnica de atividades tais como a de eletricista, encanador, manicure, cabeleireiro, jardineiro ou outra qualquer, poderia nos estimular a conhecê-las.
Afinal a prestação de pequenos serviços também está incluída no conceito trabalho. Mas se não dispomos de tempo, boa vontade e muito menos do numerário suficiente para o pagamento do aprendizado da nova profissão, a quê poderíamos nos dedicar?
Tendo na mente que qualquer atividade útil ao nosso semelhante é bem vinda, poderíamos desde logo acrescentar que obstaculizam o caminho natural das coisas, as nossas próprias deficiências.
Uma das profissões que considero das mais respeitáveis é a de cabeleireiro. Por meio dela seres, digamos, mais sensíveis, emotivos e delicados, exercitam suas habilidades, ganhando o pão diário.
Há muito tempo atrás - uns trinta e cinco anos, mais ou menos - tive oportunidade de conhecer um jovem que atuava nessa área. O albinismo que o caracterizava nunca foi barreira que o impedisse de aplicar as técnicas por ele dominadas.
O moço chegou a montar um salão de beleza suntuosíssimo. Lembro-me que ele cria em astrologia, numerologia e teosofia, falando muito sobre isso.
O cabeleireiro hábil fazia questão de dizer sempre, quando se encontrava comigo, que o fato de ter nascido sob o signo de Gêmeos, não significava ter ele duas caras, ser hipócrita. E o que ele dizia na presença de uma pessoa, confirmava na ausência dela.
Iniciei a evitação da companhia, quando percebí que os interesses libidinosos do jovem, se dirigiam a mim. Não que eu fosse preconceituoso. É que minhas tendências nunca tinham chegado àquela situação.
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