das cores, os seus matizes
de amores, as cicatrizes
das flores, perfumespinhos
vontade, já nem sei quanta
saudade, e às vezes tanta
vaidade nos descaminhos!
sonhar o sonho desfeito
sangrar, pois não é defeito
chorar pelos desenganos,
viver e correr perigo,
fazer do amor o abrigo
manter a rota dos planos
e a luz que invade a fresta,
seduz o brilho da festa,
reluz o encanto da estrela
que realça a beleza imensa
da falsa ilusão da crença,
que valsa tão leve ao vê-la!
Antonio Carlos de Paula
poeta e compositor |