HOMEM DE POUCO AMOR
O homem aprendeu amar somente
a si mesmo, portanto, ama pouco.
O seu amor é tão pequeno que
não consegue sair das fronteiras
do seu próprio eu e quando sai,
é muito acanhado, de tal forma,
que não envolve seu próximo,
bem próximo.
Assim o homem vive isolado,
doente, vítima do maior mal que
assola a humanidade,
e que a ciência não encontrou a cura,
dessa maneira, o homem morre pelo ódio,
por não saber amar.
Doença essa incurável pelos métodos
patológicos e sem receitas farmacológicas
para aliviar tamanho desajuste.
Com isso e por isso,
o homem sofre e faz os outros sofrerem,
criando um mundo de ansiedade, expectativas,
desespero, medo e crueldade.
Apesar do aparente predomínio do mal,
esse não é maior que o bem,
e somente atinge o homem pequeno.
O mal é como as trevas que só
existem na ausência de luz,
portanto, não deixemos que a chama que
alimenta e ilumina nossas consciências se apague,
para não nos tornarmos um vulto
de vida, na vida.
João C. de Vasconcelos
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