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cronicas-->Entre Neanderthais -- 10/02/2009 - 23:49 (Jefferson Cassiano) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O "Origem das espécies" foi publicado em 1859. Cento e cinquenta anos depois, Darwin não para de gerar discussões que sempre "evoluem" para bate-bocas primitivos. Até o nome de Darwin parece querer sofrer mutações. Acesse o Youtube, digite Darwin e ouça: o "w" virou "u". Conhece o Daruin? Os estadunidenses conhecem. E seguem tentando escolher entre um criacionismo radical e um evolucionismo acrítico, seja lá o que isso signifique. Sem querer ofender um time ou o outro, menos ainda com o objetivo de acrescentar comentários pertinentes aos artigos que colunistas aqui do Tribuna já publicaram sobre o darwinismo nas últimas semanas, proponho uma livre interpretação para a evolução do homem.
Você aprendeu que o Neanderthal, o típico homem das cavernas Brucutu, foi um antepassado nosso. Eu também aprendi. Agora descobriram que aquele brutamontes pode não fazer parte da linha evolutiva do Homo Sapiens. Eles eram apenas priminhos nossos, e há até quem defenda que nossa espécie conviveu por mais de mil anos com a espécie deles. Vou considerar que tudo isso que os cientistas descobriram é verdade antes que eles mudem de ideia, e nos apoiar nessa convivência de espécies diferentes para sustentar minha tese.
O Homo Sapiens não era páreo para o Homo Neanderthalensis. Se o Neand quisesse, com um cruzadão de direita arrancaria a mandíbula do vizinho fracote. Deve ter feito isso muitas vezes, grunhindo um Uga!Uga! de contentamento. Só que o Sapiens justificava o nome que tinha usando armas bem mais potentes que machadinhas de pedra. Com a linguagem e a organização social, o Sapiens conseguiu vencer a batalha contra os primos e contra o tempo. Estamos aqui, hoje, Sapiens Sapiens, continuando essa trajetória de, digamos, sucesso. E os Neanderthais, sumiram na poeira. Será?
Esta é minha tese: o Homo Neanderthalensis não está extinto. Depois de levar a pior contra nós, os Neands se retiraram para terras distantes e gastaram o tempo com aquilo que tanto eles quanto nós sabíamos - e sabemos - fazer muito bem: crescer e multiplicar. Com o passar dos séculos, a população de Neanderthais também evoluiu: aprendeu a falar, a conviver um pouco melhor em sociedade e a trabalhar pelos menos quarenta horas por semana para conseguir comer e pagar as contas de água e de luz. Fisicamente, eles ainda são meio feiões, mas quem é capaz de afirmar que o Homo Sapiens é um exemplo de beleza? Para cada Gisele Bundchen, há umas dez ou doze Aracis de Almeida (será que ela era um Neoneanderthal?). Bem mais parecido com os Sapiens, os Neanderthais conseguiram se misturar e até acasalar, sem muito charme, com parceiros de nossa espécie, pois há gosto para tudo no mundo.
Os Neanderthais ainda estão entre nós, firmes, fortes e suadões. Dúvida sobre isso? Entre seus amigos, colegas e conhecidos, há uma boa porcentagem de Neands. E não estou falando apenas daqueles tipos óbvios de homens brutos - e mulheres também. Esses são fáceis de identificar: guardadores de carros que grunhem, balconistas que se seguram para não dar taponas em seus clientes, motoristas de dedos em riste por qualquer imprevisto no trànsito, policiais pedindo sangue, bandidos oferecendo sangue. Todos eles poderiam usar roupas de pele e andar meio arqueados pelas ruas. O DNA Neanderthal, no entanto, está muito presente e forte em pessoas de classes sociais mais altas. Pense no seu chefe, ganhando tudo no grito; no médico, bruto como um troglodita; no supervisor da repartição pública, selvagem concursado; nos técnicos de futebol, cheios de coice para os jornalistas. Se vivessem em cavernas estariam em casa.
Você está chocado? Ficará mais ainda quando pensar que, num país miscigenado como o nosso, há grande chance de que você tenha alguns genes dos homens das cavernas. Pior ainda: ao seu lado, na cama, pode estar um autêntico exemplar de Neanderthal. Você está dormindo com o Cha-ka e não tinha percebido! Fazer o quê? É a evolução, meu caro. Agradeça ao Daruin.
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