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Cronicas-->Para onde vamos? -- 12/02/2009 - 22:40 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Osmar José de Barros Ribeiro (*)

(21/01/2009)

Nos dias que correm, é impossível olhar os acontecimentos que se sucedem velozmente, sem um misto de temor e de esperança. O que nos reserva o futuro? Como chegaremos ao próximo ano? Quando conheceremos as verdadeiras razões da crise que nos atinge a todos? Para onde caminhamos? São estas, entre muitas outras, as indagações que povoam a mente de todo e qualquer indivíduo razoavelmente informado, ou seja, aquele que não está envolvido na sobrevivência pura e simples.

Um novo presidente assume nos EUA, a maior economia do globo terrestre, potência cultural e tecnológica, possuidora de um incontestável poderio militar, porém trilhando um caminho que parece levar à maior crise económica do país, com reflexos já sentidos em todo o mundo civilizado. Nos mais diferentes países, aliados ou não ao mamute norte-americano, todas as atenções voltaram-se para os festejos da posse de Barack Hussein Obama, como se elas fossem homenagens devidas àquele que fará renascer a esperança, tanto no seu país quanto no mundo. Enquanto isso, os conflitos alastram-se.

No Oriente Médio, Israel luta para sobreviver à manifesta e reconhecida animosidade de persas e árabes. Na África Negra, conflitos étnicos e religiosos alastram-se como fogo em palha seca, sob as vistas da Organização das Nações Unidas, impotente e incompetente para resolve-los, haja vista serem a consequência lógica do erro europeu de reunir em um mesmo território, quando da descolonização, grupos tribais tradicionalmente adversários.

Na Ásia, o pequeno Tibet recusa-se a aceitar o domínio da gigantesca China, enquanto índia e Paquistão, que por ela já foram à guerra outras vezes, sonham em ser o poder real na Caxemira. Em outros países, grassam conflitos étnicos e/ou religiosos, de diferentes proporções.

Na Europa, tão pouco as coisas vão bem pois à crise económica soma-se, em muitos países, o temor da islamização (motivo pelo qual a Turquia não consegue ingressar na União Européia), enquanto olha com receio para o crescente poderio russo que, frequentemente, ameaça deixar a todos tiritando de frio se suspender o fornecimento de gás.

Na América Central e na do Sul, governos democráticos convivem com aprendizes de ditadores, uns mais outros menos capazes, em geral obedecendo às instruções do presidente venezuelano que é, por seu turno, declarado entusiasta do regime cubano.
E no Brasil, potência regional que busca seu lugar num mundo altamente competitivo, como andam as coisas? Somos, infelizmente, um gigante com pés de barro: um país no qual a centralização do poder, necessária no passado para manter a unidade territorial, tornou-se um entrave ao desenvolvimento económico, político e cultural.

Com um governo reconhecidamente de esquerda, presidido por um presidente que foi um dos fundadores do Foro de São Paulo, vivemos os males advindos de uma administração que, a cada passo, parece considerar-se acima das leis e da moral. Vejamos, a seguir, algumas das preocupações que nos assaltam:

- a concessão de asilo político a um italiano condenado em sua pátria à prisão perpétua, diretamente pelo ministro da Justiça, mas sem dúvida com o aval do presidente, contrariando pareceres dos órgãos competentes, tornou-se um escàndalo se comparado à presteza com que foram devolvidos à Cuba dois pugilistas desertores;

- os problemas vividos em relação a vizinhos que nos encaram como imperialistas e buscam, contando com a boa vontade do governo, extorquir-nos. Exemplos: a perda de mais de 2 bilhões de dólares investidos pela Petrobrás na Bolívia; a pretensão paraguaia de alterar os termos do contrato de Itaipu, gastos inteiramente cobertos pelo Brasil; os arreganhos do presidente equatoriano ameaçando com o não pagamento de obras realizadas em seu país;

- a leniência com que o governo encara as ameaças a brasileiros e seus descendentes, tanto na Bolívia quanto no Paraguai;

- a suspeita aproximação com Cuba, Venezuela, Irã e outros países governados pela esquerda raivosa;

- a dificuldade encontrada pela Justiça para julgar pessoas ligadas direta ou indiretamente à presidência da República e que, além de recursos financeiros, contam muitos contatos e conhecem muitos segredos de altas autoridades;

- o inegável alinhamento com organizações terroristas, sendo que a mais recente diz respeito ao Hamas, na Palestina;

- o MST alinha-se aos interesses paraguaios contra o Brasil e não se ouve uma única palavra de repúdio e sim um silêncio incómodo por parte do governo.

Muita coisa a mais poderia ser escrita, mas o espaço disponível é limitado. Assim, deixamos aqui a pergunta que não quer calar: PARA ONDE VAMOS?

(*) Osmar JB Ribeiro é tenente-coronel reformado do Exército.


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