Apesar de tudo restou o sonho,
Esmaecido pela névoa do tempo
Sob a poeira das renúncias e ansiedades.
De tudo restou o sonho,
Vivificado pelo som da aurora,
Brincando no céu, arriscando cores,
Ensaiando as luzes de um ideal esquecido.
Restou um pouco de tudo no sonho,
Das emoções doadas e recebidas,
Da vontade de tudo arriscar, e nada perder...
Restou o sonho,
Sobrevivente de um querer
Que latente no peito, espelha-se na saudade
Da essência de tudo que poderia ter sido
Da vida, do viver...
Claudia Azevedo
20/08/01
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