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Humor-->A herança maldita, cap. 2 -- 20/12/2001 - 07:16 (Flavio Costa Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dr. Bernardo planejara este momento havia muito tempo, tanto que sabia de todos os movimentos de seus filhos, e não seria difícil mata-los, precisava somente do apoio de Marcelo. O mais importante era que este não ficasse como suspeito da morte deles e fosse parar na cadeia, porque caso todos morressem em um intervalo muito curto de tempo, em situações de assassinato, com certeza Marcelo ficaria de principal suspeito. Cada morte teria obrigatoriamente de ter um suspeito casual para levar as culpas e ele poder receber a herança sem levantar nenhum tipo de suspeita para si.

A primeira vítima estava determinada, seria Lucrecia, a última que ela apresentara foi fazer uma intriga envolvendo o síndico do condomínio, um homem casado com família estabelecida, porém com um caráter muito violento, e uma perua que morava no mesmo local, o que acarretou na separação deste com sua esposa. Jorgão prometeu, na frente de muitos moradores, acabar com a raça de Lucrecia, nem que fosse a última coisa que fizesse na sua vida.

Era a situação mais que propícia. Naquela noite foi fazer uma visita a sua prima, esperou um momento de descuido da segurança e entrou no condomínio, ele tinha uma chave do apartamento da prima, a que ficava com seu tio, entrou furtivamente no local e quando sua prima, que se achava totalmente em segurança e conseqüentemente descuidada, recebeu uma forte pancada na cabeça. A seguir a espancou diversas vezes até mata-la.

Depois saiu furtivamente do condomínio e retornou para a casa do tio. No dia seguinte, no escritório, recebeu juntamente com seu tio a notícia da morte brutal de Lucrecia, e que seu assassino, o síndico Jorgão já estava preso, Este negava a autoria do assassinato, mas todas as evidências levavam a ele, e foi sumariamente preso.

No velório, Dr. Bernardo, Marcelo e os outros irmãos de Lucrecia estavam todos de preto, transpareciam uma atmosfera triste, porém falsa. Na verdade os irmãos estavam quase pulando de alegria por dentro, todos se detestavam entre si, e a morte da irmã as vésperas da morte do pai simplesmente aumentaria a parte de cada um na herança. Marcelo se sentiu confiante, a primeira morte de sete estava feita, e ele nem de perto ficou como suspeito.

Marcelo vivia neste momento um drama de consciência, havia matado alguém por dinheiro e poder, logo ele que tanto recriminava tipos como seus irmãos havia se tornado pior que eles, mas agora o primeiro passo havia sido dado, o primeiro passo de um caminho sem volta, restava apenas terminar sua obra macabra, e rezar para não errar nada, não deixar pista alguma que pudesse levar alguém a ele e incrimina-lo pelo seu comportamento hediondo.

Durante o velório o inspetor Dulcídio observava todos de longe, ele achou suspeita a morte de Lucrecia, herdeira de uma fortuna morrer desta forma tão perto de pegar sua parte da fortuna do pai, ele desconfiava de algum de seus irmãos, principalmente de Ricardo, o mais maquiavélico de todos.

Voltando a delegacia ele comentou com o delegado Pascoal que sentia um cheiro estranho, e este concordou, remexeu sua lixeira e descobriu um sanduíche de mortadela que estava a pelo menos três dias lá, e estava podre. Para ele, o delegado, o assunto estava encerrado, para Dulcídio porém estava apenas começando, ele podia pressentir que mais algum herdeiro da fortuna do Dr. Bernardo estava prestes a morrer.

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