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cronicas-->Sardinha (*) -- 28/02/2009 - 14:32 (Benedito Pereira da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sardinha (*)



Olegário, depois de anos de convivência com arrogante pessoa, não suportando mais conter a agrura que carrega no íntimo, deseabafa com amigo de décadas, isento e sensato.


Caro, Sandoval:


De forma semelhante, também experimento momentos de desconforto e (por que não dizer?) de infelicidade e de preocupação.


Infelizmente, tenho colega de trabalho protegida por algum superior, a qual se julga o máximo. Sabe tudo, fala alto demais, agride os seus subordinados com palavras inconvenientes (aliás seus gestos deixam muito a desejar), não respeita ninguém, só vale o seu ponto de vista, que, na verdade, é um ponto mas não de vista.


Deixo claro que não lhe devo subordinação. Meu cargo, graças a Deus, não lhe permite isso.


Você sabe melhor do que eu: se a mulher for jovem, bonita, de corpo desejável, insinuante e, acima de tudo, maliciosa, haverá sempre algum homem aceitando os seus caprichos.


Rezo-lhe todas as manhãs um padre-nosso, porque gostaria que Deus a perdoasse. A vida ensina. E o que ela tem de aprender pode auxiliar no futuro e, mais, no fim da vida. Tomara que não seja muito tardio o seu aprendizado.


Às vezes, estou conversando com alguém, a dita cuja se aproxima e interrompe a conversa; para mostrar não sei o quê! Parece que o termo licença não lhe é familiar. Nem humildade, nem elegància, nem cordialidade, nem relações públicas, nem relações humanas.


Exerce cargo de nível superior, poucos sabem como. Quando tem de preparar algo, para expor em reunião ou encontro de serviço, veste-se de outras peças: vem humilde, delicada e crinhosa, pedir ajuda.


Falta-lhe o domínio de regras básicas que sabe qualquer iniciante da atividade administrativa e da convivência social.


Com desprendimento, socorro-a. Imagino assim: não me custa ser útil a quem precisa, principalmente à pessoa sem condições de contar com o apoio de outros.


Não lhe observo o reconhecimento; não importa: o Senhor vê e seguramente reconhece!


Transmite-me a impressão daquelas criaturas que comem sardinha e arrotam caviar.


É isso, amigo, aguente também as suas dificuldades no trabalho com esse elemento. Não o maltrate. Ajude-o no que puder. Jamais passe recibo das suas indelicadezas e falta de habilidade. Entretanto, seja enérgico, quando necessário; porém, com sabedoria e senso de domínio do que fale.


Tudo passa. Até nós. Um dia (e pode não estar muito longe) iremos para o outro lado, se é que ele existe.


Com estima,

Olegário


________
(*) Brasília, DF, 28/02/2009.



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