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Cronicas-->O Livro é nosso amigo! -- 07/03/2009 - 20:49 (ANA SUELY PINHO LOPES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Livro é nosso amigo!

Com base nesta frase,divido com vocês a sensação do que é ser bibliotecário e sua afinidade com o livro.

Mesmo diante da evolução tecnológica e considerando a redução do tempo que a modernidade provoca em nossas atividades profissionais,dirijo-me aos nobres colegas bibliotecários para dizer que mantemos um dos nobres privilégios da profissão,refiro-me ao contato e a familiaridade com os livros.

Recordo à época que conclui o curso, cerca de 25 anos, quando o automatismo não tinha ainda adentrado nossas casas, bibliotecas e ambientes de trabalhos.

Éramos instruídos a tratar os livros e lê-los, apenas tecnicamente, era esse um de nossos deveres. Lembro que eles suscitavam em mim o desejo de tê-los por inteiro, provocando um prazer momentàneo intenso, de vaidade e de sensação de poder pelo acesso à informação, ao conhecimento, ao mundo, a expansão do nosso horizonte de compreensão.

Naquele contexto, sentia-me um pouco frustrada por não poder ocupar aquele tempo precioso para me aprofundar mais na leitura, criar uma intimidade com o autor que apenas o livro permite, de estar sozinho e ao mesmo tempo muito bem acompanhado. É um instante sagrado, de pura magia!

Ali, estava eu trabalhando, numa relação de honestidade, de compromisso e prestando um serviço à sociedade. Ciente da importància da profissão, porém insatisfeita com os limites da técnica.

Lembro-me onde foi um dos meus primeiros estágios, na Biblioteca da Faculdade de Filosofia no Seminário da Prainha, em Fortaleza, minha terra natal.

Com o passar do tempo e a intimidade com os agentes do conhecimento, os doutores da sabedoria intitulados livros, que não é à toa, que se chamam livros, o próprio prefixo nos remete aos termos liberdade, livre, lida, enfim... caminhos que a educação nos permite; coloco isto sem consultar a origem da palavra.

Com essa vivência fui construindo um biblioteca pessoal com autores preferidos, seja em obras biográficas, poesias, economia, filosofia, antropologia; nas mais diversas linhas.

Recordo muito bem dos títulos "A Vida de São Francisco de Assis"; "O Nome da Rosa" "A Vida de Chaplin";"O Velho e o Mar","Confesso que Vivi", poesias de João Cabral de Melo Neto; Cronicas de Arthur da Távola, Cartas de Prisão de Frei Betto e tantos outros que nos enchem de vida, de história, de coragem para enfrentar os desafios da vida.

Acredito que foram as leituras dessas obras, que muito contribuiram e me inspiraram para o meu crescimento profissional e pessoal, e me direcionaram ao mundo literário.

Todas essas oportunidades me levaram a tomar o gosto pelas letras, pela escrita, somadas a veia cearense de gostar de escrever, a influência de uma tia que registrava seus poemas a lápis nas paredes de sua humilde casa. Ir à tia Mocinha tomar um café na companhia de meus pais e ler seus escritos era um dos maiores prazeres de minha infància.

Havia poesias, salmos, evocações. Eu viajava em suas paredes amarelas. Outro inspirador de minhas obras foi meu avó, que "desenhava" suas cartas endereçadas aos filhos distantes!

Passaram-se 25 anos e, graças a um dos cursos que escolhi, que muito contribuiu para a minha realização profissional, confesso que hoje continua acesa em minha memória a mesma paixão e admiração pelos livros.

Continuo sendo uma verdadeira companheira das letras, mesmo diante do e-book, da biblioteca digital, do curto tempo que hoje temos para manusear os livros e a facilidade de lê-los digitalmente.

Para mim, eles continuam mais vivos, fortes, atuantes e eternos mestres da sabedoria, do conhecimento e promissores do sucesso na vida!

Viva o Livro! Viva o Bibliotecário!

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