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Artigos-->Mercosul -- 10/06/2001 - 17:44 (menina pontilhada) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O primeiro e fundamental limite à integração sul-americana é a dificuldade política de concretizá-la.

Perfazendo uma grande massa territorial, unida por uma tônica racial, espiritual e cultural comum, a América do Sul continua a ser um continente desunido, em que as lideranças nacionais não conseguem se organizar em torno de uma agenda comum, que possa tornar os pleitos da região relevantes no cenário internacional. O custo de uma política sul-americana aberta e consciente tem sido o choque com a hegemonia dos Estados Unidos e, conseqüentemente, uma série de dificuldades de todos os tipos, desde as econômicas e científicas, até as militares, que nem todos estão dispostos a enfrentar.

A própria história política sul-americana, tradicionalmente envolvida numa “mística” de poder, propiciou a formação de muitos governos despóticos e, como é natural no despotismo, não se favoreceu mudanças orgânicas na sociedade, dando uma tônica extremamente estática à organização social dos países do continente, que se fechava nos seus “mundos particulares”. No extremo oposto, entretanto, tem-se a situação hodierna, que é favorável a formação e manutenção de regimes políticos que limitem o poder, valorizando o direito, as “regras do jogo”, e a integração.

Tais regimes, como é comum desde a século XIX, embora, do ponto de vista filosófico isso não ocorra, consubstanciam-se numa democracia. As democracias da nossa região, não raro, se afastam do ideal teórico relativo às mesmas, consolidando uma adaptação natural de princípios abstratos à realidade, mas com avanços reais.

De fato, a permanência das oligarquias no poder não tem qualquer possibilidade de encontrar respaldo na teoria democrática, mas isso não impede que haja uma diferença substancial entre um sistema político no qual existem diversas elites concorrendo entre si na esfera política e um sistema no qual existe apenas um único grupo de poder que se renova por cooptação. A existência de grupos de poder que se sucedem mediante eleições livres, permanece como a única forma na qual a democracia encontrou a sua concreção atual.

Nesse sentido, percebe-se que a aposta numa visão liberal de mundo, feita a partir de meados dos anos 80, pelos centros decisórios da América do Sul, facilitou a efetiva implantação de regimes democráticos na maioria dos países da região, abrindo espaço para uma direção mais objetiva dos caminhos que cada nação pretende seguir, já que esses não estarão subordinados ao humor de algum caudilho, e para um relacionamento mais próximo entre os diferentes Estados.

Efetivamente, ainda não se sabe exatamente o que se pretende com a caminhada em busca da unidade sul-americana, mas o “consenso democrático” que toma conta do continente, torna o processo, até pelas facilidades dadas ao seu propulsor maior, a economia, irreversível. A ação da sociedade civil organizada e as novas exigências éticas, que procuram transformar a atividade política em uma opção digna para aqueles que desejam se dedicar ao serviço dos interesses gerais, impõem um desafio para nossos povos, que para construírem um sociedade democrática, terão de pagar um preço elevado, mudando atitudes, hábitos e valores.

Diante disso tudo, vê-se que o caminho em direção ao ideal democrático é longo e só poderá se efetivar com uma decisão e um compromisso efetivos da opinião pública dos países latino-americanos, em direção a uma melhor qualidade de vida e não apenas a implantação de uma dinâmica política que atenda só interesses do consenso “politicamente correto”.























































































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