Falar a esmo é muito de seu feitio
Não a critico sou para isto ninguém
Antes fosse alguém para quem me dirijo
Seu cheiro, seu jeito, conheço-te tão bem!
Quem me dera amar fosse uma poesia...
Evadir-me por inteiro mostrar-te minh’alma
Não verías diferença, seu mero reflexo seria
Se comparada ao todo que não tentas, só lhe guarda...
Porém hoje não vejo o homem, nem mesmo a mulher
Ah, tolos que somos! Verdadeiro sentimento, falsa analogia!
Somente agora vejo que sua real função é
Não criar pura imagem e sim dura nostalgia!
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