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Teses_Monologos-->PARA A SEMÂNTICA COMO DIVISÃO DA GRAMÁTICA TRADICIONAL -- 20/05/2004 - 20:58 (Sílvio Rocco) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PARA A SEMÂNTICA COMO DIVISÃO DA GRAMÁTICA TRADICIONAL
Sílvio Toledo Rocco*
Faculdades Iesgo – Formosa/GO

RESUMO: Este trabalho discute a apresentação do conteúdo semântico em gramáticas tradicionais, as quais pouco desenvolvem este conceito; Explica a necessidade do conhecimento básico da Semântica para que o aluno possa desenvolver plenamente sua comunicação; Conclui, apresentando uma proposta de abordagem do conteúdo semântico pelas gramáticas normativas.



SEMÂNTICA E AS GRAMÁTICAS NORMATIVAS

Em algumas circunstâncias especiais de nosso convívio social, precisamos de uma estrutura específica, que possibilite uma comunicação formal. Nesses momentos que devemos recorrer a uma gramática para discernir os fatos recomendados como modelares da exemplaridade idiomática. Cabe à gramática normativa, com sua finalidade pedagógica, dar as orientações para os necessitados arqueólogos de nossa língua.

As gramáticas são orientadas a partir da Nomenclatura Gramatical Brasileira, um projeto de simplificação e unificação da nomenclatura vigente no Brasil, para padronização dos termos utilizados. A NGB visava principalmente atender ao tríplice aspecto fixado nas normas preliminares do trabalho:
a) a exatidão científica do termo;
b) a sua vulgarização internacional;
c) a sua tradição na vida escolar brasileira
Essa normatização foi aprovada em janeiro de 1959, o que ajudou muito orientar os trabalhos de gramáticos daí em diante, mas como a própria portaria estabelecia, ela recomendava a adoção da NGB. A padronização da nomenclatura deveria ser vista apenas como um marco orientador da produção de uma gramática, mas durante muitos anos o que se observou pelas gramáticas publicadas foi uma rígida obediência aos termos normatizados pela NGB, o que “engessou” muito os trabalhos posteriores. A NGB não prevê o conteúdo “Semântica” na divisão da gramática, apesar de citar no apêndice alguns assuntos desenvolvidos por seus estudos, como as figuras de linguagem e a significação das palavras.

Segundo Almeida (1998), se a gramática “...visar aos fatos atuais de uma língua, mostrando e ensinando as regras vigentes para seu perfeito manuseio, (...) ela será gramática expositiva. (...) que também se chama normativa, descritiva ou prática”. E exatamente nesse ponto sobre o “perfeito manuseio” que vejo a necessidade de uma reflexão sobre a abordagem das gramáticas em relação à Semântica. Já Bechara (1999), afirma que “A gramática normativa recomenda como se deve falar e escrever segundo o uso e a autoridade dos escritores corretos e dos gramáticos e dicionaristas esclarecidos”. E será que os “corretos” e “esclarecidos”, citados pelo autor, consideram tão pouco a influência e aplicação da Semântica, a ponto das gramáticas em geral abordarem apenas uma discreta parcela do assunto?

Para obter uma amostra da abordagem deste conteúdo, pesquisei em quase vinte títulos de gramáticas encontradas nas bibliotecas públicas de escolas estaduais e do município, visando conhecer o material que se encontra à disposição do aluno comum. Os títulos dessas gramáticas e seus respectivos e autores não são relevantes no momento, pois o que está em discussão é a orientação dada ao leitor em relação ao conteúdo semântico, e não a abordagem pessoal de cada autor.

Dessas gramáticas, apenas sete contêm um capítulo destinado à Semântica. As outras gramáticas apresentam esporadicamente alguns conteúdos mais visíveis do estudo semântico, como as figuras de linguagem e a significação de palavras, embora sem relacioná-los com o conteúdo “Semântica”. Quando abordadas, as Figuras de Linguagem não apresentam o aprofundamento ou a abrangência necessária, sempre visando mais um registro da nomenclatura utilizada do que possibilitar ao estudioso aprender a usar tais recursos, estando normalmente incluídas no conteúdo de estilística. Já na significação das palavras, o que são abordadas são simplesmente as colocações de homônimos, sinônimos, antônimos, parônimos. Sua apresentação, quando presente na gramática, faz parte do apêndice da obra ou é incluída no capitulo que trata da ortografia das palavras, e em qualquer uma das situações, dificilmente são colocados seus pontos relevantes para a compreensão de um texto, ou as nuances de diferenciação/semelhança mais abrangentes do que somente a apresentação da palavra.

Nas gramáticas que possuem um capítulo específico para tratarem do conteúdo de Semântica, cinco dessas obras são publicações recentes, e praticamente em todas o conteúdo tem o mesmo tratamento das outras gramáticas, ou seja, falam da significação de palavras e das figuras de linguagem apenas, sendo que as figuras de linguagem ainda são normalmente apresentadas no capítulo de estilística ou como um conteúdo à parte. Na significação de palavras, os termos “denotação, conotação, sentido próprio, sentido figurado” ganham uma explicação necessária ao capítulo de Semântica, mas não se abrange mais do que isso.

Necessário observar que estas colocações são generalizadas, sempre podendo ser encontradas exceções que abordam estes conteúdos de uma forma prática e objetiva, mas realmente não são comuns, principalmente entre as gramáticas de publicação mais antiga, que formam o principal grupo de livros encontrados à disposição para a comunidade nas bibliotecas públicas.

A título de orientação, observemos esta apresentação das noções elementares de Semântica por Nicola & Infante (1990):
“Há, todavia, um momento mágico nesse processo (da linguagem): é quando esses sons adquirem significado. Se você considerar agora esta outra faceta da questão, verá que as palavras são formadas pela soma de dois elementos: o conjunto de fonemas e o significado que atribuímos a esse conjunto de sons. À parte da Lingüística que estuda o significado da linguagem dá-se o nome de Semântica.
A Semântica estuda a organização do significado lingüístico. Essa parte da Lingüística busca encontrar os critérios usados pelo ser humano quando codifica e cria seu conhecimento por meio da linguagem. Preocupa-se não apenas com o significado das palavras, mas também com o valor das construções sintáticas.”

Esta apresentação Semântica é vista por Guimarães & Guimarães (1997) de modo aproximado:
“Sabemos que as palavras constituem a “roupagem” de nossas idéias; com elas, expressamos nossos mais profundos sentimentos, nossas mais íntimas revelações, nossa mais detalhada observação do mundo que nos rodeia. A linguagem que traduz emoções e sensações nasce, muitas vezes, de associações que fazemos com as coisas que estão diante dos nossos olhos; (...) Essa “roupagem” que usamos para falar de afeto ou de repulsa, de alegrias ou desilusões não cabe, às vezes, na rigidez da estrutura formal que as normas gramaticais impõem. Essa afetividade está reservada aos limites da linguagem conotativa (...). Tomado por essa perspectiva, é importante reconhecer essas construções como um mecanismo prático que confere vida e colorido especiais ao texto.
Esse estudo, genericamente denominado figuras de linguagem, é inesgotável, já que estamos atuando no campo da semântica (do grego semantiké, que significa “a arte da significação”). Nesse nível, trabalhamos com as transformações pelas quais um vocábulo passa no decorrer de sua existência; impossível, então, estabelecer limites quando falamos de sentido; no entanto, isso não impede de traçar, aqui, um esquema didático que nos facilite o conhecimento desses mecanismos que podem traduzir nossas idéias, nossos sonhos: eis a razão de a gramática ser objeto desse estudo.”

As palavras das autoras foram bem esclarecedoras; pela sua implicação tão essencial em uma comunicação, o objeto de estudo da Semântica, ou seja, basicamente o sentido da mensagem, é indispensável à composição de uma gramática. Veja a observação de Rocha Lima (1959): “Gramática é uma disciplina, didática por excelência, que tem por finalidade codificar o uso idiomático, dele induzindo, por classificação e sistematização, as normas que, em determinada época, representam o ideal da expressão correta. (grifo meu)” E para que este ideal da expressão correta que nós professores buscamos proporcionar aos nossos alunos em nossas orientações educacionais possa ser desenvolvido em sua plenitude é que devemos levar em consideração a relevância da Semântica como divisão da gramática normativa. É na evolução lingüística de nosso aluno que devemos investir, com toda atenção e conhecimento, as noções práticas da Semântica, fazendo um elo perfeito entre a teoria gramatical e a plena utilização de seus estudos.


A IMPORTÂNCIA DA SEMÂNTICA PARA A PRODUÇÃO DO TEXTO

O estudo dos princípios que presidem à evolução dos significados das palavras já era cogitado desde o início do séc. XIX, embora ainda não como semântica e uma certa indefinição dos objetos de estudos.
Em artigo publicado numa revista de estudos clássicos, Michael Bréal utilizou, pela primeira vez, em 1883, o vocábulo semântica e propõe a nova “ciência das significações”:
O estudo que propomos ao leitor é de natureza tão nova que nem chegou ainda a receber um nome. A preocupação da maioria dos lingüistas tem-se voltado sobretudo para a análise do corpo e da forma das palavras: as leis que presidem à alteração de sentidos, à escolha de novas expressões, ao nascimento e à morte das locuções foram deixadas à margem ou apenas acidentalmente assinaladas. Como este estudo, do mesmo modo que a fonética e a morfologia, merece ter seu nome, nós o chamaremos semântica (do verbo semaínein), isto é, a ciência das significações.
Suplantando outros derivados do grego sema (signo), o termo semântica generalizou-se na lingüística ocidental, para designar a ciência das significações. (...) Ocorre pela primeira vez em português, no Brasil, em Noções de semântica, de Silva Jr. (1903). Na primeira década do século já era de uso geral nas diversas línguas européias. (Marques, 1990)

Partindo desses estudos é que os autores brasileiros incluíram suas observações em relação ao conteúdo semântico. É claro que os primeiros estudos foram feitos quase que exclusivamente dentro do conteúdo lingüístico, mas seus resultados sempre influenciaram o estudo e a aplicação gramatical. Sem dúvida que não podemos tratar levianamente o conteúdo semântico, dando apenas noções superficiais que não levam o aluno a compreender o processo, mas levam-no a crer que já conhece o assunto.Também não devemos abordar todo o vasto conteúdo semântico, como diz Almeida (1998), na sua abordagem sobre Semântica:
“O estudo do significado dos vocábulos, quer no momento atual, quer através do tempo e também do espaço, constitui o objeto da semântica ou sematologia (gr. Sema, atos = significado) ou ainda, semasiologia; dá isto assunto não para um capítulo de gramática, mas para um livro e... esse livro seria incompleto.”
Devemos tratar a abordagem semântica de forma responsável e instrutiva, relacionando sua parte mais prática na gramática tradicional, que ajude a diferenciar ao aluno a plena expressão do que se que escrever ou não, apenas o que mais claramente afeta sua produção/interpretação textual. Tenho observado que nas gramáticas publicadas atualmente há uma tendência contemporânea de considerar a Semântica como um capítulo necessário à plena apresentação do conteúdo gramatical. Essa necessidade é afirmada por estudiosos que se confrontam com a função formal da gramática, mas também com sua incompletude:
Desse modo, a gramática se é necessária, se é imprescindível, se é constituinte da linguagem, não chega, no entanto, a ser suficiente, a bastar, a preencher todos os requisitos para a atuação verbal adequada. Aqui está a raiz de todo o equívoco a que nos referimos: a crença numa "gramática" onipotente, capaz de exaurir as exigências de funcionamento da língua e de garantir o êxito de qualquer atuação verbal. (...) Ou seja, às regras da gramática para a boa formação de frases se somam outras decorrentes dos decursos textuais; e, ainda, a essas, se somam outras de natureza social, não menos pertinentes, não menos definidas, não menos preceituadas, que provêm das convenções sociais dos tipos de interação e que determinam igualmente a adequação e a relevância da atividade verbal. Não se instaura um texto sem uma função comunicativo-social. Ou, além da propriedade lingüística do que é dito, existe a relevância sociocomunicativa do que é dito. A linguagem não é usada em função de si mesma. (Antunes, 2004)

Na comunicação, tanto oral quanto escrita, é pressuposto o conhecimento do falante/escritor de várias nuances de significado que os vocábulos podem adquirir no discurso e também um mínimo de construção gramatical, para que os enunciados possam servir de veículo para as idéias formuladas. Na linguagem oral até que este objetivo é grandemente atingido, principalmente pelos recursos extralingüísticos que acompanham este tipo de comunicação, mas na linguagem escrita, geralmente não.

Os alunos não estão acostumados a produzirem textos na linguagem formal de forma realmente comunicativa. Geralmente, os textos produzidos apresentam muitas características da linguagem oral, mas, obviamente, sem os recursos complementares que a linguagem falada possibilita, o que, provavelmente, faça com o que o próprio autor do texto não consiga decifrar o emaranhado de idéias que produziu. Seus conhecimentos adquiridos na comunidade escolar refletem uma realidade discente deficiente, desprovida de recursos materiais e apoio pedagógico. A linguagem escrita depende do domínio de um código social, na maioria das vezes, inacessível aos alunos de classe sócio-econômica inferiores. É o discurso do preconceito social refletido no preconceito lingüístico.

O estudo semântico abre caminhos de compreensão e possibilidades que ajudam o aluno a se orientar dentro de seus pensamentos e a conscientizá-los de que os textos são mais do que apenas o que está escrito. Os atuais leitores, sem acesso fácil a gramáticas que abordem claramente o conteúdo semântico e sem professores que possibilitem este aprendizado, têm dificuldade de assimilação do conteúdo abstrato a que se propõe a Semântica e por isso ainda levaremos algum tempo para formarmos uma geração que pense e produza pensamentos.


UMA PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO

Em todos esses casos, procura-se estimular um tipo de reflexão sobre a linguagem que as pessoas praticam espontaneamente e sem complicações de terminologia (é o que já foi chamado de atividade epilingüística). Considerando que a linguagem é ao mesmo tempo individual e coletiva, muitas atividades convidam o aluno a comparar ou “negociar” seus resultados com os dos colegas, o que é uma boa maneira de acostumar as pessoas com o fato de que as perguntas realmente interessantes costumam ter mais de uma resposta. (Ilari, 2003)

Essa é a idéia do capítulo semântico na gramática, observar as várias camadas de compreensão possíveis a partir de um texto. As gramáticas tradicionais que já revelam uma tendência de apresentação do conteúdo semântico em suas obras mostram apenas a direção a ser tomada em uma proposta desse desenvolvimento gramatical. A apresentação de sinônimos, antônimos, parônimos, homônimos e suas divisões deve ser desenvolvida a partir da realidade do aluno. O uso de frases isoladas, fora de um contexto realístico não contribui para a compreensão de toda a abrangência possível da significação das palavras. A noção e aplicabilidade do campo semântico devem ser explicitadas na gramática. Conforme nos mostra Ilari & Geraldi (1995), duas expressões que não são sinônimas podem remeter ao mesmo significado, dependendo do contexto, e duas palavras, comumente chamadas de sinônimas, podem apresentar significado variados, não se substituindo em todas as situações. O que vai determinar isso é o contexto, a relação emissor/receptor. Uma forma de relacionar esse conteúdo com a prática é explorar os mecanismos sintáticos que criam alternativas de expressão para um mesmo conteúdo.

A polissemia, o sentido próprio e o sentido figurado, a denotação e a conotação são idéias semânticas muito básicas, que se destacam do desenvolvimento estrutural do enunciado, pois expressões que carregam estas idéias possuem “... grande poder evocativo; são capazes de sugerir muito mais do que o objeto designado, desencadeando, conforme a situação, idéias, sentimentos e emoções de toda ordem”. (Cegalla, 2000). A inclusão destes termos em uma gramática normativa permite uma compreensão das nuances, uma atribuição de valores mais criteriosa à palavra, mais coesa com as idéias do texto. Estes termos podem ser trabalhados no sentido de se atribuírem valores para as expressões apresentadas, observando que nem sempre ter uma interpretação é a melhor solução para um enunciado.

As figuras de linguagem são os aspectos que assume a linguagem para fim expressivo afastando-se do valor lingüístico normalmente aceito pela comunicação formal. Observemos que essa situação não é a exceção da produção textual, mas é a regra, e que uma correta colocação de seus valores em um texto pode determinar o pleno desenvolvimento de uma idéia, ou não; e que uma correta interpretação de seus valores em um texto pode determinar o pleno entendimento de um texto, ou não. Apesar das figuras serem um recurso estilístico, mais ligado à teoria literária, é fato que muitas de suas formas interferem na construção sintática de um enunciado, portanto necessárias serem trabalhadas dentro de um compêndio que se propõe ser modelar do idioma, mesmo que de forma seletiva para mostrar ao aluno as possibilidades de construção e compreensão de enunciados com estes recursos.

Há, em todo ato de percepção, situações significantes. Quando lemos uma palavra “Brasília”, por exemplo, estamos interpretando um certo número de dados (cidade, capital do Brasil, população, história etc.) e os estamos tratando como sinais de um referente. E devemos levar em consideração não só o que conhecemos sobre o conteúdo, mas também o que o receptor de nosso texto poderá inferir do que escrevemos, se a resposta que esperamos estimular com nosso enunciado não esteja clara apenas para nós. E para isso a relação significante/significado deve ser bem explícita, ou melhor, deve ser ao menos explicitada em uma gramática normativa. A teoria do significado que se relacione com fonologia, morfologia e sintaxe é um desenvolvimento natural, complementar, e deve ser um auxílio ao aluno, para que este compreenda as várias possibilidades da palavra dentro de cada enunciado.

Esta proposta de divisão da gramática normativa com um capítulo denominado “semântica” não é sobre a linguagem, mas é para a linguagem, ou como disse J. W. Geraldi (apud Ilari, 2003):
Nesse sentido, este não é um livro que ensina um conjunto de conceitos com os quais falar sobre a linguagem, mas um livro que ensina a refletir sobre os recursos lingüísticos em seu funcionamento para extrair da reflexão um conhecimento sobre a linguagem.
Eminentes palavras! As quais podemos parafrasear para a nossa proposta de capítulo gramatical. Não devemos, de forma alguma, querer incluir um tratado semântico em uma gramática, deixemos este trabalho aos lingüistas e aos livros especializados. O principal objetivo do capítulo semântico para uma gramática tradicional é ampliar o campo de visão do aluno, permitindo a ele ver que há algo mais atrás além das palavras, como na máxima do humorista Leon Eliachar: “Gosto de escrever a máquina em espaço dois: isso realça bem as entrelinhas, que é justamente onde a gente consegue dizer alguma coisa.”
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* Sílvio Rocco é professor de Língua Portuguesa em cursos superiores a doze anos.
silviorocco@ig.com.br



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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